Blindou-se a presidente Dilma ao dizer que não é candidata a prefeita de São Paulo. A tradução surge linear: caso Fernando Haddad não passe dos 3% nas preferências do eleitorado, o problema não é dela. Correto? Não. Falso, porque quem lançou o candidato foi o Lula e todos os problemas do Lula são necessariamente problemas da Dilma.
Uma derrota na maior cidade do país, mesmo não sendo vergonhosa, refletirá nas relações do governo com o Congresso, para não falar nas eleições de 2014.
Uma derrota na maior cidade do país, mesmo não sendo vergonhosa, refletirá nas relações do governo com o Congresso, para não falar nas eleições de 2014.
O PMDB já se encontra agastado com a presidente, por conta de nomeações não concretizadas. Diante de um hipotético fiasco do PT em outubro, e não apenas em São Paulo, para que partido o governo se voltará em busca de segurança parlamentar? Haverá um preço a pagar, é claro. Daí o conselho de peemedebistas mais experientes aos afoitos signatários do manifesto de protesto enviado ao palácio do Planalto: “tenham calma pois o tempo funciona a nosso favor...” Para enfrentar os tucanos pretensamente vitoriosos em diversas capitais, só mesmo o PMDB.
Em termos de sucessão presidencial a equação continua a mesma. Sozinha, a popularidade de Dilma Rousseff bastará para reelegê-la? Há controvérsias, em especial se o PT malograr nas eleições municipais. Torna-se imprescindível que ela disponha de uma estrutura sólida, ramificada no país inteiro, não havendo outra alternativa. Sendo assim, caso não faça bobagens, o PMDB tem garantido o seu lugar nas projeções futuras.
VOLTAR ELE NÃO VOLTA.
Apesar de constituir-se no melhor ministro dos Transportes que freqüentou a Esplanada dos Ministérios nos últimos dez anos, Paulo Passos tem engolido sapos como poucos. De capacidade comprovada desde os tempos de secretário-executivo, e Dilma, chefe da Casa Civil, era o “Paulinho” que tocava o ministério ao tempo em que Alfredo Nascimento cuidava da política amazonense e dos pleitos do PR.
Primeiro como interino, depois confirmado, o novo ministro é das poucas escolhas pessoais da presidente, mas tem sofrido com as especulações de que o partido reivindica seu lugar sob pena de prejudicar o governo.
Até do lançamento do Tiririca para prefeito de São Paulo esses peculiares republicanos cogitam.
Primeiro como interino, depois confirmado, o novo ministro é das poucas escolhas pessoais da presidente, mas tem sofrido com as especulações de que o partido reivindica seu lugar sob pena de prejudicar o governo.
Até do lançamento do Tiririca para prefeito de São Paulo esses peculiares republicanos cogitam.
Mil versões correram Brasília nos últimos dias. “Dilma teria avisado Paulo Passos de que precisa do lugar dele.” “O ministro teria sido convidado para voltar à secretaria-executiva dos Transportes.” “Conversa definitiva entre a presidente e o ministro favorece o PR.” “Paulo Passos já limpou as gavetas”.
Nenhum desses balões de ensaio foi confirmado por Dilma, mas uma coisa é certa: se tiver de entregar o cargo, Paulo Passos não aceitará retornar à cadeira antiga.
SUCESSÃO.
O general João Figueiredo ficou conhecido pelas respostas originais que dava às perguntas dos jornalistas, não raro grossas, como a de que “daria um tiro na cuca se ganhasse o salário mínimo” ou que “preferia cheiro de cavalo a cheiro de povo”.
Certa tarde, antes de tomar posse, mas já escolhido sucessor de Ernesto Geisel, Figueiredo compareceu ao casamento da filha do então presidente da Caixa Econômica Federal, Humberto Barreto. Os repórteres o atropelaram na fila dos cumprimentos, perguntando de pronto: “E a sucessão?”
Resposta: “Sucessão? Vocês não estão vendo? Acontece aqui mesmo, com tanta gente. Ou esse casamento não é um sucessão?...”
O episódio se lembra a propósito da indagação que não demora ser feita à presidente Dilma Rousseff, a respeito de sua reeleição em 2014.
Se a filha estivesse grávida outra vez, poderia dizer que será reeleita como avó...
Se a filha estivesse grávida outra vez, poderia dizer que será reeleita como avó...
REFERÊNCIAS CARINHOSAS.
Corria ontem a sessão conjunta das Comissões de Economia e de Meio Ambiente do Senado, sob a direção do senador Lobão Filho, quando a senadora Kátia Abreu, exaltada na defesa de seus pontos de vista, dirigiu-se ao presidente dos trabalhos como “o senador Lobinho”.
Discutia-se a privatização dos portos e quem superou o constrangimento foi o senador Roberto Requião, arrancando gargalhadas dos presentes ao comentar que o empresário Eike Batista havia perdido um porto depois de haver perdido a Luma...
Discutia-se a privatização dos portos e quem superou o constrangimento foi o senador Roberto Requião, arrancando gargalhadas dos presentes ao comentar que o empresário Eike Batista havia perdido um porto depois de haver perdido a Luma...
Nenhum comentário:
Postar um comentário