TARIFAÇO BANCÁRIO: DILMA REAGE À SABOTAGEM - Economistas de bancos, nariz empinado, gostam de pontificar que o corte dos juros exigido pelo governo aquecerá a demanda, uma irresponsabilidade heterodoxa, sublinham, que atiçará o vento frio da inflação e a tempestade da inadimplência. Na verdade, o raciocínio mecanicista vendido com soberba professoral --a mesma que jogou o capitalismo na pior crise desde 1929-- recobre uma ardilosa manobra de profecia auto-realizável. Sob pressão direta da Presidenta Dilma para cortar taxas e reduzir seus spreads -- os maiores do mundo, diga-se-- os bancos simularam adesão ao apelo oficial, depois de escaramuças em que o sindicato do setor, a Febraban e seu presidente, sairam chamuscados. Ao mesmo tempo, porém, conspiravam deflagrando um aperto no crédito e um salto abusivo nos preços das tarifas, componentes que juntos mais do que anulam qualquer corte que possam fazer nos juros, ademais de insuflar, aí sim, a inadimplência. A prévia do INPC para o mês de maio revelou a eficácia dessa manobra: a alta do índice, de 0,51%, foi tratorada pela explosão do tarifaço bancário. Os serviços da banca tiveram um aumento de 1,66%: três vezes mais do que a média dos preços (no primeiro trimestre subiram 17% contra inflação de 1,2%). O dispositivo midiático neoliberal estampará manchetes cínicas e análises alarmistas para sancionar os alerta da ortodoxia contra a política econômica. Existe um nome adequado para isso: sabotagem. Contra ela o governo determinou a divulgação pública --leia-se a execração política-- da lista com o tarifaço e a sua respectiva paternidade entre os grandes bancos. A ver
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