terça-feira, 20 de abril de 2010

O círculo dos créditos viciosos.

Existe sequência não trivial, no recentíssimo processo contra a Goldman Sachs, pela CVM americana. Parece estar em curso sequência de alvos políticos pré-anunciados por um insistente governo Obama.
O primeiro alvo foi a nova lei de saúde aprovada. Governo americano algum antes conseguira. Em seguida, o desarmamento nuclear, sobretudo com os russos, diminuindo estoque autodestruidor. Agora, a ação penal judicial contra o símbolo dos bancos de investimentos norte americano: o Goldman Sachs.
A acusação é de fraude. É grave. O ministro inglês Gordon Brown fala da falência moral dos bancos de investimentos. Angela Merkel da Alemanha vai investigar. Obama fala de cinismo e enganações financeiras. Há um aroma de indignação no ar. As consequências irão além do Goldman Sachs. Vão se espalhar por todo o mundo. Pelo Brasil também. Por que esse alvo, agora?
Alguns anos antes da crise de Wall Street, foi perguntado a importante banqueiro internacional o que mais temia no funcionamento dos mercados. A resposta foi simples. Não é preciso ser financista, matemático ou economista para compreender. Na pressão da competição do curto prazo, os bancos assumem sempre mais e mais riscos. Quando os riscos se tornam insuportáveis, impagáveis, o que ocorre ciclicamente, correm aos governos, com a faca no pescoço, para que os assuma.
Por: Joaquim Falcão

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