O PALANQUE DA CRISE MUNDIAL - As eleições presidenciais de abril na França
constituem um bom mirante do debate político reaberto pelo colapso da ordem
neoliberal. Mal ou bem a França, que continua a ser uma das usinas intelectuais
da humanidade, cumpre agora o papel de palanque da crise mundial. Três caminhos
representativos se entrecruzam na disputa francesa. A 'Frente de Esquerda',
liderada por Jean-Luc Mélenchon (leia reportagem de Eduardo Febbro nesta
pág) procura dar coerência sistêmica às agendas amadurecidas em três décadas de
lutas contra a supremacia das finanças desreguladas; a 'França Forte', de
Sarkozy, empresta o lema da república colaboracionista de Vichy para defender o
continuísmo mercadista --e não hesita em revesti-lo com cápsulas de xenofobia
e pseudo-nacionalismo; finalmente, há o PS, de Hollande, que lidera a corrida
até agora. Este, talvez, enfrente o teste mais difícil de todos: ressuscitar a
credibilidade na via eleitoral para o socialismo, em meio a um cenário
de esfarelamento da ordem neoliberal, da qual foi cúmplice histórico.
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