A 'solução' do caso grego tende a abrir um dique devastador de dinheiro especulativo em busca de operações lucrativas nos mercados ditos emergentes. O debate sobre o que fazer guarda aparência técnica; não raro é tratado de forma tecnocrática pela direita, mas também por setores da própria esquerda. Sua essência, porém, é visceralmente política. A grande interrogação é saber se os Estados nacionais, amarrotados e jogados no fundo da gaveta da história pelo vagalhão neoliberal tem sobrevida e nervura política para liderar a resistência ao imperialismo monetário que benefícia os bancos, o emprego, fundos especulativos e indústrias das economias ricas. A dúvida remete a um debate que de alguma forma já se trava na academia: existe desenvolvimentismo possível no mundo pós-neoliberal? (Carta Maior; 2ª feira, 12/03/ 2012)
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