A LIÇÃO QUE FICA - A
rendição dos bancos ao novo ciclo de queda dos juros marca um divisor na forma de se fazer
política econômica no país. Quebrou-se um lacre político. Rompeu-se uma parede
hegemônica ardilosamente defendida durante décadas com argumentos supostamente
técnicos. Em uma semana, o que era uma
impossibilidade esférica, condicionada ao atendimento de uma soberba lista de
20 'contrapartidas' comunicadas a
Brasília com rara deselegância pelo
presidente do sindicato dos bancos (Febraban) , Murilo Portugal, reverteu-se em
adesão maciça ao corte das taxas. Como
se deu a transumação da inflexibilidade em cordura? O governo e os partidos
progressistas não devem temer a resposta que os fatos comunicam: o Estado
brasileiro, apesar de tudo, ainda tem poder político e instrumental para
reordenar a economia. A maior lição desse episódio é que ele vale também para
outras esferas e desafios. (Carta Maior; 5ª feira 19/04/2012)
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