quinta-feira, 19 de abril de 2012

JUROS

A  LIÇÃO QUE FICA - A rendição dos bancos ao novo ciclo de queda dos juros  marca um divisor na forma de se fazer política econômica no país. Quebrou-se um lacre político. Rompeu-se uma parede hegemônica ardilosamente defendida durante décadas com argumentos supostamente técnicos.  Em uma semana, o que era uma impossibilidade esférica, condicionada ao atendimento de uma soberba lista de 20 'contrapartidas'  comunicadas a Brasília  com rara deselegância pelo presidente do sindicato dos bancos (Febraban) , Murilo Portugal, reverteu-se em adesão maciça ao corte das taxas.  Como se deu a transumação da inflexibilidade em cordura? O governo e os partidos progressistas não devem temer a resposta que os fatos comunicam: o Estado brasileiro, apesar de tudo, ainda tem poder político e instrumental para reordenar a economia. A maior lição desse episódio é que ele vale também para outras esferas e desafios. (Carta Maior; 5ª feira 19/04/2012)

Nenhum comentário: