Por Carlos Chagas
A política praticada pelo presidente Lula continua cheia de coincidências, para não dizer contradições. Ontem, em Brasília, o primeiro-companheiro recebeu os generais promovidos no Exército, almoçou com eles, fez um discurso elogiando as Forças Armadas e ainda entregou novos helicópteros à Aeronáutica.
À tarde voou para o Rio e, entre outras solenidades, lançou a pedra fundamental da nova sede da União Nacional dos Estudantes, no mesmo lugar da velha, queimada e demolida pelos militares quando chegaram ao poder. Também com direito a um pronunciamento onde deixou clara sua simpatia pelos jovens que, de 1964 em diante, enfrentaram a ditadura.
Tudo no mesmo dia, demonstrando conciliação ou confusão? Precisamente quando os jornais publicaram entrevista do ministro chefe da Secretaria dos Direitos Humanos, Paulo Vanucci, desancando o ministro da Defesa, Nelson Jobim, acusado de haver manchado a própria biografia ao ter atacado “de modo indesculpável” o projeto de criação da Comissão Nacional da Verdade, uma reposta do poder público aos familiares dos desaparecidos políticos. Admite-se que no ministério existam divergências de caráter ideológico, mas na agenda do presidente da República, fica meio estranho.
À tarde voou para o Rio e, entre outras solenidades, lançou a pedra fundamental da nova sede da União Nacional dos Estudantes, no mesmo lugar da velha, queimada e demolida pelos militares quando chegaram ao poder. Também com direito a um pronunciamento onde deixou clara sua simpatia pelos jovens que, de 1964 em diante, enfrentaram a ditadura.
Tudo no mesmo dia, demonstrando conciliação ou confusão? Precisamente quando os jornais publicaram entrevista do ministro chefe da Secretaria dos Direitos Humanos, Paulo Vanucci, desancando o ministro da Defesa, Nelson Jobim, acusado de haver manchado a própria biografia ao ter atacado “de modo indesculpável” o projeto de criação da Comissão Nacional da Verdade, uma reposta do poder público aos familiares dos desaparecidos políticos. Admite-se que no ministério existam divergências de caráter ideológico, mas na agenda do presidente da República, fica meio estranho.
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