quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

É muita irônica a menção de se manter a SELIC em "apenas" 10,05% para viabilizar o salário mínimo que o governo está rejeitando. A situação acima relatada representa somente uma parte de um conjunto de falácias emaranhadas que precisam urgentemente ser desmascaradas. Para começar, a captura do aparelho de Estado e da imaginação coletiva pelos interesses dos "fazedores" privados do dinheiro, os quais exigem juros simplesmente implausíveis. Em primeiro lugar, não consigo compreender a razão substantiva, a qual impele o Estado brasileiro a "pedir emprestado" sua própria moeda ao "mercado". Outra questão incômoda: Os "fazedores" de dinheiro criam dinheiro do nada (quando emprestam: a juros exorbitantes!) e o banco central vive correndo atrás, ao contrário do que prega a narrativa corrente. Não seria muito mais simples, mais benéfico e infinitamente menos oneroso se emitisse dinheiro diretamente e/ou crédito através dos bancos públicos para financiar a obras de infraestrutura que o país necessita? Porque pagamos juros estratosféricos tão bovinamente e durante tanto tempo e, acima de tudo, desnecessariamente?

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