A TURMA DO CORTA-CORTA - em artigo exclamativo publicado neste domingo na mídia demotucana, o ex-presidente FHC, o mesmo que levou o Brasil 3 vezes ao guichê do FMI, faz coro à turma do corta-corta e enxerga no governo Dilma um "reconhecimento maldisfarçado da necessidade de um ajuste fiscal". Fiel ao anti-sindicalismo raivoso de sua agremiação, o tucano vê na estratégia do corta-corta um atalho para a instalação de uma promissora zona de conflito entre o governo Dilma e as centrais sindicais, que o campeão de popularidade em Higienópolis trata pejorativamente com o mesmo linguajar da extrema direita udenista: "Os pelegos aliados do governo que enfiem a viola no saco, pois os déficits deverão falar mais alto do que as benesses que solidarizaram as centrais sindicais com o governo Lula", diz o tucano. No arremate, ainda lamenta a 'pressa' em decretar a soberania brasileira nas reservas do pré-sal: "Por que tanta pressa para capitalizar a Petrobras e endividar o Tesouro com o pré-sal em momento de agrura fiscal? As jazidas do pré-sal são importantes, mas deveríamos ter uma estratégia mais clara sobre como e quando aproveitá-las..." Seria 'mais claro', talvez, aproveitá-las como fez o seu governo em relação ao minério de ferro brasileiro, entregando-o aos mercados juntamente com a Vale, por uma soma equivalente a um trimestre de lucros da empresa? Chega a ser paradoxal o manuseio pejorativo do termo 'peleguismo' por um ex-presidente que tão bons serviços prestou aos capitais, em detrimento da população que o elegeu. (Carta Maior, domingo, 06/02/2011)
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