Elio Gaspari
Na mesma semana em que a revista “Forbes” iluminou 30 bilionários brasileiros, o semanário inglês “THE” (”Times Higher Education”) publicou sua lista das cem melhores universidades do mundo. Cadê o Brasil? Micou e não ficou nem sequer entre as 200. Em 2009, a USP fora a 92ª na área da saúde.
Cruzando a lista dos bilionários com a das universidades, a coisa fica feia. A China teve incluídas cinco instituições, a Índia e a Rússia têm uma cada uma. A América Latina, nenhuma.
Nem tudo é ruína. No pequeno mundo dos cursos de formação de executivos, uma avaliação do “Financial Times”, deu a Pindorama o 8º lugar com a Fundação Dom Cabral, de Belo Horizonte, e o 13º com o Insper, de São Paulo. Ambas são instituições privadas.
Não é o caso de retomar a discussão sobre o futuro das universidades públicas, até porque, com poucas exceções, o estrago da privataria na rede particular garante que ela ficará fora de qualquer lista por mais 50 anos.
Os 30 bilionários brasileiros poderiam refletir em torno da história de um casal americano. Chamavam-se Leland e Jane. Tinham um só filho e, em 1884, ele morreu em Florença, aos 16 anos. O casal quis preservar sua memória. Podia ser com um museu, uma escola técnica ou uma universidade.
Procuraram o presidente de Harvard, a quem conheciam, e aprenderam que uma universidade lhes custaria US$ 5 milhões. Entreolharam-se e viram que tinham esse trocado, pois a fortuna do casal ia a US$ 50 milhões (US$ 1 bilhão em dinheiro de hoje). Voltaram para a Califórnia e criaram a Universidade Stanford, com o sobrenome da família. Ela é hoje a 5ª melhor do mundo, e a localidade de Palo Alto, cujas terras eram de Leland, é o pulmão do progresso tecnológico americano.
Pouca gente se lembra do senador Leland Stanford como um dos “barões ladrões” da Califórnia, nem da estrada de ferro transcontinental que ajudou a abrir, como uma monumental rapinagem, pois ela mudou a geografia dos Estados Unidos.
Pelas contas da Forbes, os 30 bilionários brasileiros têm um ervanário de US$ 130,5 bilhões.
Cruzando a lista dos bilionários com a das universidades, a coisa fica feia. A China teve incluídas cinco instituições, a Índia e a Rússia têm uma cada uma. A América Latina, nenhuma.
Nem tudo é ruína. No pequeno mundo dos cursos de formação de executivos, uma avaliação do “Financial Times”, deu a Pindorama o 8º lugar com a Fundação Dom Cabral, de Belo Horizonte, e o 13º com o Insper, de São Paulo. Ambas são instituições privadas.
Não é o caso de retomar a discussão sobre o futuro das universidades públicas, até porque, com poucas exceções, o estrago da privataria na rede particular garante que ela ficará fora de qualquer lista por mais 50 anos.
Os 30 bilionários brasileiros poderiam refletir em torno da história de um casal americano. Chamavam-se Leland e Jane. Tinham um só filho e, em 1884, ele morreu em Florença, aos 16 anos. O casal quis preservar sua memória. Podia ser com um museu, uma escola técnica ou uma universidade.
Procuraram o presidente de Harvard, a quem conheciam, e aprenderam que uma universidade lhes custaria US$ 5 milhões. Entreolharam-se e viram que tinham esse trocado, pois a fortuna do casal ia a US$ 50 milhões (US$ 1 bilhão em dinheiro de hoje). Voltaram para a Califórnia e criaram a Universidade Stanford, com o sobrenome da família. Ela é hoje a 5ª melhor do mundo, e a localidade de Palo Alto, cujas terras eram de Leland, é o pulmão do progresso tecnológico americano.
Pouca gente se lembra do senador Leland Stanford como um dos “barões ladrões” da Califórnia, nem da estrada de ferro transcontinental que ajudou a abrir, como uma monumental rapinagem, pois ela mudou a geografia dos Estados Unidos.
Pelas contas da Forbes, os 30 bilionários brasileiros têm um ervanário de US$ 130,5 bilhões.
Nenhum comentário:
Postar um comentário