André Esteves morre de rir dos empresários de São Paulo.
Primeiro mandato do presidente Nunca Dantes.
Uma platéia de empresários paulistas.
Jornalistas de Economia – que, como diz o Delfim, não são jornalistas nem entendem de Economia – do PiG (*).
Sobe ao pódio o executivo André Esteves que tinha vendido o banco Pactual ao UBS suíço por US$ 3 bilhões.
E, por contrato, tinha que trabalhar por um tempo no UBS. (Esteves, matemático, casado com uma matemática, entrou no Pactual como operador da mesa.)
A platéia exalava Hermès e Geraldo Alckmin.
Começa o Esteves.
O Brasil vive o melhor momento da sua História.
Silêncio profundo.
A platéia se entreolha e não pisca.
Os jornalistas de Economia olham para o chão.
O anfitrião pigarreia e arruma a gravata (Hermès).
Esteves continua.
O sistema financeiro brasileiro é sofisticado como qualquer sistema do financeiro do mundo.
A Bolsa de Valores do Brasil é do Primeiro Mundo.
O silêncio começa a dar medo.
A platéia não respira.
Os jornalistas de Economia respiram demais, ofegantes.
Esteves continua, como se dissesse que dois e dois são quatro.
Como qualquer economia capitalista em expansão, a próxima etapa da capitalização das empresas brasileiras se dará, em boa parte, no mercado de capitais.
Já, já começa uma fase de associações e aquisições de empresas, como forma de as empresas brasileiras subirem um degrau para atingir musculatura internacional.
Esse ciclo se processará na Bolsa.
Os empresários voltam a respirar, pausadamente, como se estivessem num balão de oxigênio.
Os jornalistas de Economia é que, agora, param de respirar.
Os bancos vão ter que se adaptar a esse processo.
E jogar o jogo da Bolsa, ao mesmo tempo em que investem no varejo para aproveitar o aumento da renda da população.
Aumento da renda da população !
Aí, foi demais.
Na platéia de empresários, alguns quebravam os copos para cortar os pulsos com os cacos.
Jornalistas de Economia corriam para o banheiro (sabe-se lá para que).
Como se percebe por fotografia, o Esteves de bobo só tem a cara.
E passou a falar mal da Carga Tributária !
Chega de Imposto !
Ninguém aguenta mais !
Aí, foi um delírio !
Aplaudido de pé.
Os jornalistas de Economia voltaram depressa, a arrumar as calças.
Aplausos frenéticos.
O anfitrião desabotoou a gravata (Hermès) para aplaudir de pé, com mais veemência.
E esse ansioso blogueiro foi embora, morrendo de rir.
Como se sabe, Esteves voltou para o Brasil.
Fez o que disse que ia fazer.
Abriu um banco e foi quem mais se aproveitou do boom da Bolsa com IPOs.
E agora foi para o varejo, ao comprar o PanAmericano.
Aqueles empresários da platéia estão até hoje a pedir redução de impostos.
Os jornalistas de Economia, aparentemente, naufragaram no banheiro.
E o Esteves deve morrer de rir.
Especialmente do Silvio Santos.
Ele é muito engraçado !
Paulo Henrique Amorim
Em tempo: quem também achou o Sílvio muito engraçado foi a Monica Bergamo, colonista (**) da Folha (***), que fez entrevista divertidíssima com ele. De morrer de rir !
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