sexta-feira, 1 de abril de 2011

JAIR, O INTOLERANTE

Ontem um colega falava sobre religião quando fez a seguinte ressalva: "não sei o que você acha, se você é contra ser evangélico..." "Claro que não", respondi. E emendei: "Não sei se você sabe, mas na raiz de todas as grandes guerras sempre existiu o preconceito religioso." Parece que nós nos esquecemos das coisas simples e importantes que aprendemos na escola, não é mesmo? Não devemos discriminar, julgar e condenar aqueles que são diferente de nós. A consequência natural desse tipo de atitude é a intolerância. A intolerância é inimiga do diálogo. E a falta do diálogo é inimigo da paz. Desconfie quando um sujeito prega a paz, por exemplo, mas seu discurso é sectário, preconceituoso, racista, homofóbico e pior, autoritário. Vejam por exemplo os colunistas dos jornalões brasileiros. Eles desenvolvem um raciocínio com todas as características acima. Têm a soberba e a arrogância de quem se acha iluminado, que tem resposta pronta para todos os dilemas da humanidade, desde que seus privilégios e sua condição de destaque sejam preservados. Mas não me preocupo muito com eles, aliás, perco muito pouco tempo da vida falando a respeito desse tipo de ser humano. Quanto mais forem ignorados, menos relevância terão. Mas alguns gestos exigem reações firmes, sem necessariamete sermos belicosos. Não concordo, por exemplo, com as pessoas que xingaram, insultaram e ofenderam publicamente o deputado Jair Bolsonaro. Claro que fiquei chocado com o que ele disse. Óbvio que fiquei indignado e ofendido. Mas respirei fundo. Quando reagimos com o fígado fazemos aquilo que condenamos nos outros e criamos as condições para a guerra. Acho que a justiça e uma frente parlamentar, por exemplo, são respostas à altura dessas pessoas. Todo o resto é usar as mesmas armas dos nossos advesários. Para isso, não contem comigo.

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