Ensaio de Adriana, do BBB: um banho de água fria.
A mais controvertida ex-BBB do ano chegou, após meses de espera: o ensaio, que pôs fim ao jejum de cinco anos sem produções feitas fora do país, faz jus à beleza de Adriana?
Suspeito que o ensaio de Adriana Sant'Anna, por J.R. Duran, guarda algumas curiosidades deliciosas que serão reveladas daqui a um tempo. Do tipo: quando todos chegaram ao Brasil e foram revelar os filmes, metade deles estavam em branco. Ou, então, todo o material foi apreendido no aeroporto e perdeu-se misteriosamente grande parte do trabalho, para o desespero de toda a equipe. Minha imaginação foi longe assim na tentativa malsucedida de buscar respostas que justifiquem um ensaio tão qualquer-nota assim. Sim, leitores, achei o ensaio de Adriana muitíssimo fraco, meio sem pé nem cabeça. São 16 páginas mais pôster de fotos que não têm liga, consistência e força. Há, sim, beleza e algumas fotos ótimas, reconheço, mas no geral o resultado foi, infelizmente, bem decepcionante.
Pra começar, as fotos não são inspiradas. O cenário, Jose Ignacio, Uruguai, mal aparece. A maioria das fotos foram feitas no interior de um hotel que pouco contribui para o ensaio. Nos poucos porém belos momentos em que Adriana aparece na sacada com o mar ao fundo ou no meio da vegetação característica do lugar, é que dá pra vislumbrar um ensaio que poderia ter dado certo. Não posso afirmar que foi culpa da edição de fotos do diretor de arte ou do fotógrafo, mas o fato de o ensaio ser 90% composto por fotos internas e completamente banhadas por sombras condenou o trabalho a ser considerado comum e irrelevante. Aliás, falando em sombras, é um capítulo a parte. Que tal se orientassem os fotógrafos a maneirar nesse artifício, já que o leitor da revista não gosta? Hein?
Ainda sobre orientar, acho que a produção poderia ter mais pulso firme e impor certas condições. Se vão fazer um ensaio fora do Brasil, por exemplo, exijam um aproveitamento satisfatório da locação, que justifique a saída do país. Deem liberdade ao fotógrafo de imprimir seu estilo no trabalho, que desempenhe sua função à condição de artista, mas deixe claro o resultado que pretende mostrar ao leitor. Que eu saiba, estão ganhando bem pra isso e não estão fazendo nenhum favor. Senão acontece o que aconteceu com Adriana, cujo ensaio é cheio daquilo que os leitores condenam. Pra completar, o figurino tem muita informação (mulher ostensiva e fetichista, campestre e clássica?) e a maquiagem segue o mesmo conceito. Só poderia ter pegado leve nos cílios de Drag, né, Paulo Ávila?
O pior de tudo, pra mim, é a sensação de mau aproveitamento e desperdício de uma mulher bonita e gostosa que parecia disposta a fazer um superensaio. Não que Adriana não tenha mostrado sua beleza e sensualidade, mas ficou incontestavelmente aquém de seu potencial, uma pena. Assim como o potencial de Duran e equipe. Desse modo, a matéria será alvo das mesmíssimas críticas de sempre apontando para as mesmas insatisfações. Tenho que dizer que cansa bater na mesma tecla, mas seguimos em nosso papel de tentar elucidar a revista do que é bom ou não. Infelizmente (devo ter escrito essa palavra nesse texto mais do que gostaria, infelizmente) foram meses de espera por um final insosso. Pobre Adriana Sant'Anna, que tinha prometido vir quente, fervendo...
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