sexta-feira, 9 de setembro de 2011

*Gravidade da crise européia racha a diretoria do BCE: Jurgen Stark, economista-chefe  do banco, ortodoxo de carteirinha, pede demissão em  protesto  contra a política de socorrer dívidas da periferia do euro
** Espanha: pela 1ª vez em 30 anos, cai o orçamento da educação;professores do país convocam ato para os dias 14 e 15 de setembro
**OCDE reduz previsão de crescimento para as principais economias do mundo em 2011 e 2012
**UE quer mais 0,7% de arrocho fiscal na Grécia , cujo PIB terá queda de  7% este ano 
DUAS LÓGICAS IMISCÍVEIS - Os mercados não gostaram da agenda de empregos e obras de Obama. Os mercados querem mais 'ajuda' do Fed, o banco central norte-americano que ontem, mais uma vez, adiou o anúncio da esperada fase três da injeção de liquidez na economia. O único efeito dessa politica até agora foi alimentar a ciranda especulativa nas bolsas de commodities e empoçar recursos da ordem de US$ 3 trilhões no caixa de empresas e bancos. Obama está longe de ser um Roosevelt. Os US$ 450 bi do pacote de emprego anunciado ontem não fazem um New Deal. Mas não é o acanhamento do democrata que desgosta os mercados; é, sim,  a direção do esforço. A única direção que interessa hoje às finanças desreguladas é a do derrame monetário que lhes permita limpar as carteiras de títulos podres e zerar seus passivos. São duas lógicas imiscíveis que impedem uma solução para a crise: a prioridade para salvar o rentismo e a urgencia em reordenar a economia e o crescimento. Nos EUA do Tea Party e do tíbio Obama, essa pendência terá que ser resolvida nas urnas de 2012. Segue a crise. (Carta Maior; 6ª feira, 09/09/ 2011)

Nenhum comentário: