Amanhã, segundo as previsões demográficas, chegaremos a 7 bilhões como população no mundo. Minha geração – e talvez outras mais – viveu o fantasma malthusiano: o crescimento da população seria maior do que a capacidade de produção de alimentos. Diante de um diagnóstico catastrofista, a consequência seria clara: controle populacional. E em nome desse fantasma se cometeram enorme quantidade de barbaridades contra as mulheres.
Como todo catastrofismo, o malthusianismo também se revelou ilusório, depois de ter sido utilizado de forma conservadora sobre os pobres do mundo. Porque os catastrofismos – apoiado em elementos reais – projetam um fator desvinculado das contratendências e sempre termina se equivocando.
O aumento exponencial da produção de alimentos, junto à diminuição do nível de crescimento populacional (já há tempos a população europeia diminui) leva a que hoje se produza alimentos para o dobro da população mundial. Porém, as políticas neoliberais apenas aceleraram as desigualdades sociais e a exclusão. A produção multiplicada foi sendo distribuída de maneira ainda mais desigual. As vacas da California comem melhor do que as crianças da África.
O capitalismo exibe, no nível da alimentação, de forma mais escandalosa, porque a alimentação deveria ser um direito universal, seu caráter antissocial. Os avanços tecnológicos não são feitos para diminuir a fome no mundo, mas para a especulação no mercado futuro, para sofisticar a produção com tecnologias que provocam danos sérios à saúde das pessoas, enquanto 1 bilhão de pessoas passa fome no mundo.
Sociedades com nível de renda muito alto – como na Europa e nos EUA – regridem de forma brutal no plano social, afetando seus setores mais pobres, entre eles os trabalhadores imigrantes em primeiro lugar. A fome aumenta na Europa, a desnutrição se multiplica até mesmo no centro do sistema.
Enquanto isso, os continentes periféricos, colonizados e submetidos a todas as formas de exploração pelos países e empresas originários no centro do capitalismo, se veem condenados à sobrevivência. No século XXI, a maioria esmagadora da humanidade ainda vive para sobreviver produzindo riquezas que as grandes empresas capitalistas manejam em função da acumulação de capital e não da satisfação das necessidades básicas da grande maioria.
Uma parte importante dos países latino-americanos, mesmo em meio à mais profunda e extensa crise econômica do capitalismo, consegue diminuir as desigualdades, a miséria e a fome. Para isso estão na contramão das políticas pregadas pelos organismos internacionais, constituindo-se em referência para que os 7 bilhões possam avançar no atendimento de suas necessidades básicas, ainda não atendidas na sociedade de opulência para uma minoria e de privação para a grande maioria da população mundial.
Como todo catastrofismo, o malthusianismo também se revelou ilusório, depois de ter sido utilizado de forma conservadora sobre os pobres do mundo. Porque os catastrofismos – apoiado em elementos reais – projetam um fator desvinculado das contratendências e sempre termina se equivocando.
O aumento exponencial da produção de alimentos, junto à diminuição do nível de crescimento populacional (já há tempos a população europeia diminui) leva a que hoje se produza alimentos para o dobro da população mundial. Porém, as políticas neoliberais apenas aceleraram as desigualdades sociais e a exclusão. A produção multiplicada foi sendo distribuída de maneira ainda mais desigual. As vacas da California comem melhor do que as crianças da África.
O capitalismo exibe, no nível da alimentação, de forma mais escandalosa, porque a alimentação deveria ser um direito universal, seu caráter antissocial. Os avanços tecnológicos não são feitos para diminuir a fome no mundo, mas para a especulação no mercado futuro, para sofisticar a produção com tecnologias que provocam danos sérios à saúde das pessoas, enquanto 1 bilhão de pessoas passa fome no mundo.
Sociedades com nível de renda muito alto – como na Europa e nos EUA – regridem de forma brutal no plano social, afetando seus setores mais pobres, entre eles os trabalhadores imigrantes em primeiro lugar. A fome aumenta na Europa, a desnutrição se multiplica até mesmo no centro do sistema.
Enquanto isso, os continentes periféricos, colonizados e submetidos a todas as formas de exploração pelos países e empresas originários no centro do capitalismo, se veem condenados à sobrevivência. No século XXI, a maioria esmagadora da humanidade ainda vive para sobreviver produzindo riquezas que as grandes empresas capitalistas manejam em função da acumulação de capital e não da satisfação das necessidades básicas da grande maioria.
Uma parte importante dos países latino-americanos, mesmo em meio à mais profunda e extensa crise econômica do capitalismo, consegue diminuir as desigualdades, a miséria e a fome. Para isso estão na contramão das políticas pregadas pelos organismos internacionais, constituindo-se em referência para que os 7 bilhões possam avançar no atendimento de suas necessidades básicas, ainda não atendidas na sociedade de opulência para uma minoria e de privação para a grande maioria da população mundial.
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