quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Oposição lamenta falta de CPI, mas cobra investigação da PF no Esporte
O último escândalo, dentre os que vêm pipocando há alguns meses no cenário político atingiu em cheio o agora ex-ministro do Esporte Orlando Silva, que após ser acusado de corrupção por um policial militar do Distrito Federal, perdeu seu cargo em questão de poucos dias. Em seu lugar, vai assumir Aldo Rebelo, deputado pelo PCdoB, mesmo partido de Silva, que já toma posse na próxima segunda (31). Em relação às acusações, deputados da oposição afirmam que as mesmas não vão cair no esquecimento. O líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR), disse que o ideal seria a instalação de uma CPI para investigar o caso, mas que tal manobra seria muito difícil de ser realizada, uma vez que o governo tem blindado qualquer iniciativa neste sentido. “Não podemos montar isso [uma CPI], somos poucos na oposição, mas o Supremo [Supremo Tribunal Federal] já autorizou, então o ex-ministro é uma pessoa investigada”. Bueno defendeu também, que a devolução do dinheiro envolvido no esquema de pagamento de propina é essencial. “O ideal seria pegar esse dinheiro de volta para os cofres públicos”, disse.  Para o líder do PSDB, deputado Duarte Nogueira (SP), a necessidade de dar andamento às investigações é inquestionável. “Eu acho que o processo de investigação das irregularidades durante a gestão dele [Silva] tem de continuar, temos que  ver a extensão dos danos e buscar uma solução para isso”. Já o deputado Pauderney Avelino (DEM-AM) acredita que não há muito que ser feito na Câmara, mas o papel da polícia Federal e do Ministério Público será essencial na descoberta de novos dados. “Não vamos deixar barato, vamos cobrar investigação da PF e do Ministério Público”. Quanto ao PM João Dias, que delatou Orlando Silva, as opiniões foram divergentes, tanto Rubens Bueno, quanto Duarte Nogueira acreditam que ele também é culpado, já Avelino afirma que ele é uma peça importante da investigação e já prometeu apresentar os nomes de mais pessoas de dentro do Ministério envolvidas no caso, fornecidos pelo militar. “Vamos cobrar investigações sobre outros, vamos investigar outras pessoas a partir da próxima semana e divulgar seus nomes”, encerrou.

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