quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Acusado de lavagem de dinheiro e evasão de divisas, o presidente Ricardo Teixeira, da Confederação Brasileira de Futebol, há mais de vinte anos no cargo, conseguiu adiar para os primeiros dias de novembro o depoimento que terá que prestar na Polícia Federal. O adiamento foi obtido por seu advogado.
Andrew Jennings, repórter da prestigiosa BBC de Londres, disse ontem, em Brasília, ao depor no Senado, que Ricardo Teixeira recebeu propina de 10 milhões de dólares – em torno de R$ 17 milhões – e que a Justiça suíça tem confissões dele e do ex-sogro João Havelange, presidente da Fifa durante 24 anos, de terem recebido a propina.
O jornalista garantiu também que o suíço Joseph Blatter, sucessor de João Havelange na presidência da Fifa, assinou um documento admitindo saber do assunto. Mesmo negando a acusação e dizendo que já esclareceu tudo há bastante tempo, Ricardo Teixeira terá que comparecer à Polícia Federal para depor.
A saída do ministro Orlando Silva, que não suportou a pressão pelas denúncias de corrupção e desvio de verba pública no Ministério do Esporte e foi demitido ontem, pode melhorar o clima da organização da Copa do Mundo de 2014. Os observações políticos consideram, no entanto, que a saída de Ricardo Teixeira da presidência do Comitê Organizador da Copa, traria ainda mais benefícios.
Ricardo Teixeira, que não queria Pelé em primeiro plano, é visto com indiferença pela presidenta Dilma Rousseff, que fez questão de ter o eterno Rei do futebol a seu lado, na primeira fila, na Marina da Glória, no Rio, no sábado em que foi feito o lançamento oficial da Copa de 2014 no Brasil. A presidenta citou Pelé três vezes em seu discurso.

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