A eleição presidencial de 1989 tinha o PT como favorito. Mas na véspera ex-guerrilheiros saudosistas seqüestraram o empresário Abílio Diniz em SP e acabaram presos. As forças conservadoras tascaram camisas do PT nos guerrilheiros expostos em imagens bem captadas na TV. O clima pró-Lula mudou. Foi eleito presidente o jovem e vigoroso Fernando Collor de Mello. O golpe a favor de Collor pode ter sido desenterrado agora pelo candidato Zé (alagão) Serra. Ele acusa o PT de manter relações com as FARC na Amazônia sugerindo que o partido ajudaria a financiá-la. Nunca, nem mesmo dos serviços secretos mais competentes do planeta, se ouviu tal comentário. Vindo de alguém empatado tecnicamente com a adversária Dilma, chegando a ter pequena vantagem de intenções de voto sobre ela, anulada a margem de erro, é de se imaginar a forma como ele agirá se de repente começar a despencar nas pesquisas. Atos policialescos não são alheios à história do Zé (pedagio) Serra. Ele estava no poder com FHC quando a senadora Roseana Sarney disparou em popularidade rumo à presidência. Uma “arapongagem” tucana creditada a Serra descobriu que o ex-marido de Roseana, Jorge Murad, já recolhia irregularmente milhões para sua campanha. Foi o fim da linha para Roseana. Naquela eleição presidencial, a de 2002, o segundo colocado era Ciro Gomes (ex-PPS), também jovem e cheio de novas idéias para o Brasil, tanto mais atraente por ser namorado da atriz Patrícia Pilar. Zé (pedagio) Serra fez uma campanha de ataques a Ciro Gomes tachando-o à época como o novo Fernando Collor. E assim, conseguiu chegar ao segundo turno contra Lula que se reelegeu. Agora em 2010, é Zé (alagão) Serra quem pode estar lançando mão daquele estilo policialesco tão parecido com Collor. Mas lembrar que acusações sem provas como a do Zé (pedagio) Serra, ciente de que as transgride, deveriam ter sido banidas há muito do cenário político brasileiro.
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