Dez jogos, trinta pontos. É o que fica faltando, a partir de hoje, no que se pode chamar de a reta final do campeonato. Com exceção de Vasco e Corinthians e de Santos e Internacional, que poderão ganhar mais três pontos nos jogos atrasados a serem disputados quarta-feira. Jogos de afirmação para uns e de desespero para outros, que estão parados vendo o tempo passar, sem capacidade de reação para avançar. Começa a ser desenhado o quadro da queda. O dos primeiros lugares está mais complicado.
Cruzeiro e Fluminense farão o grande jogo deste final de semana. Pelo menos é o que se espera de dois dos melhores times do campeonato. Não é decisivo, mas é importante. O Cruzeiro tem chance – penso até que vai conseguir – de ser líder pela primeira vez. Era previsível que chegasse à vice-liderança. O time é bom e conta com boas peças de reposição. É tranquilo, sem badalação e sem estrelismo. Ninguém exalta sua campanha. É bem o típico mineirinho, que come quieto pelas beiradas, que nem mingau quente.
Não vejo, sinceramente, o Fluminense mostrar força para o jogo. Além de o poderio ofensivo ter diminuído muito, a defesa deixou de inspirar confiança. Sem a proteção que tinha antes, passou a ficar muito exposta. A atuação na derrota para o Santos, em que voltou a sofrer três gols, foi outra evidência da fragilidade, que vem sendo mostrada com clareza jogo a jogo. Os zagueiros deixaram de ter consistência e os alas não estão bem. A equipe precisa voltar a ter capacidade de reação e de organização para evitar o pior.
Corinthians representam uma ameaça, mesmo em São Januário. O Vasco não pode perder de vista o São Paulo, o Palmeiras e o Grêmio, que estão à sua frente, nem permitir a proximidade do Ceará e do Guarani, que por sinal se enfrentam hoje, e do Flamengo, que quer subir, Corinthians representam uma ameaça, mesmo em São Januário. Qualquer vacilo, a Libertadores fica impossível e a Sul-Americana mais distante.
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