Em nenhum momento, durante o debate domingo, questionaram-se as propostas de José Serra para aumentar o salário mínimo para R$ 600, elevar imediatamente o valor das aposentadorias em 10%, duplicar a Bolsa Família que, aliás, teria um 13º. Gostaria de saber de onde vai sair esse dinheiro?
Espertamente, Dilma Rousseff ficou quieta. Afinal, se atacasse as promessas de Serra poderia cair na armadilha de parecer contra os pobres. De resto, o PT não é exatamente conhecido por fazer cortes em gastos públicos. E não faria isso exatamente num período eleitoral.
Quem está preocupado com as contas públicas --uma minoria, infelizmente-- sabe que uma dos grandes problemas é justamente a previdência, cujo deficit suga dezenas de bilhões dos cofres públicos. Um deficit que vai aumentar ainda mais se houver reajuste do mínimo e aumento do valor das aposentadorias. Nem a CUT teve coragem de propor esse valor.
Até pouco tempo, o PSDB se dizia preocupado com a explosão de gastos e suas consequências para o crescimento econômico.
Pelo jeito o eleitor não quer saber quem vai pagar a conta. A verdade é que, a julgar pelos discursos, inclusive sobre a privatização, PT e PSDB são um mesmo partido.
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