Eu declaro, no meu mais alto e profundo tom de voz que estou de olhos e ouvidos atentos, acordado e sonhando que podemos mais como povo livre, com o poder transformador deste mesmo sonho. Vamos às urnas e elegeremos, o que um dia foi utopia, uma presidente de esquerda, oriunda da luta armada de resistência à ditadura, e mulher.
Sonhamos antes e fizemos desse sonho primeiro uma realidade transformadora; elegemos um presidente de origem humilde, operário e imigrante nordestino, que as elites da velha direita acreditavam que iria fracassar no exercício do mandato de presidente. Ele não só não fracassou como fez uma revolução sócio-econômica, que os não sonhadores julgavam impossível; levou o país à condição de liderança Internacional, com promoção da auto-estima do seu povo, e pela primeira vez, não mais um estado subserviente aos interesses estrangeiros, vassalo da Europa e dos Estados Unidos, como tinha sido desde Tomé de Sousa.
Estou alerta e sonho com a possibilidade real da erradicação da miséria, com uma sociedade de classe média – isso, para sonhar pouco. A crença, com precedentes no presidente operário que democratizou, de fato e de direito, a vida de milhões de brasileiros, de que a justiça social se consolida de forma irreversível, me anima a continuar acordado e atento, e sonhando.
E sonho com o acesso, ainda maior, dos despossuídos à categoria dos que têm posse, seja da casa própria, do carro ou da terra. Sonho essa nova esquerda do século XXI, unida e soberana na America Latina e na África, se fortalecendo sob as barbas sujas e esbranquiçadas da velha elite dominante neoliberal.
A democratização da informação via internet, é uma das forças motoras desta nova ordem que surge e elege, democraticamente, um negro à presidência dos Estados Unidos, elege um índio na Bolívia, elege mulheres na Argentina, no Chile, no Brasil, elege a nova esquerda no Equador e em tantos outros países da América do Sul e Central. A informação via blogs e sites, feita pelo povo e em sintonia com as populações esquecidas, desde sempre, e em contraposição à velha mídia oligárquica, num trabalho de formigas, derrubando os nefastos Estados neoliberais.
Estou bem acordado e continuo sonhando com essa revolução democrática que é pesadelo dos retrógados “donos da verdade”, com seus impérios midiáticos, que se desesperam e fazem o jogo sujo da informação distorcida, vazia de substância, mas só encontram eco dos seus iguais. O povo aprendeu a discernir entre o fato e o factóide. Entre a verdade objetiva, palpável e as notícias forjadas em manchetes eloquentes de um discurso enganador.
Sonho feliz e reafirmo o meu voto na esperança que vence medos, vence a força do antigo e se renova na realidade de um novo tempo, onde o povo, enfim, começa a ser o ator principal de sua própria história.
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