sábado, 20 de agosto de 2011

UMA DECISÃO EQUILIBRADA


Brasil e Portugal decidem hoje, no Estádio El Campin, em Bogotá, capital da Colômbia, o Campeonato Mundial sub-20 de 2011. Com toda certeza, uma decisão equilibrada pela campanha das seleções. O Brasil tem o mérito do melhor ataque (15) e Portugal o da melhor defesa, a única que ainda não sofreu gol.
O Brasil tem o artilheiro – Henrique, do São Paulo, cinco gols – e Portugal tem o melhor goleiro – Mika, desde já nas cogitações dos grandes Benfica e Porto. As duas seleções voltam a decidir depois de 20 anos. Em 1991, 00 teimoso no tempo normal e na prorrogação. Nos pênaltis, Portugal ganhou (4 a 2) e ficou com o terceiro título, um a menos que o Brasil.
Ernesto Paulo, que havia feito excelente trabalho de base no Flamengo, a partir do início dos anos 90, dirigia a seleção brasileira em que lançou Roberto Carlos, lateral-esquerdo que brilhou no Palmeiras, Real Madrid e na seleção brasileira. Além dele, outros valores como Djalminha e Paulo Nunes.
Carlos Queiroz, técnico da seleção portuguesa, também fazia um trabalho bonito de renovação. Foi o responsável pelo lançamento de nomes que depois se consagraram como o de Luis Figo, que brilhou no Real Madrid e na Inter de Milão. Outro destaque foi Rui Costa, jogador excepcional e de virtudes técnicas extraordinárias.
Nei Franco, muito bem indicado por Mano Menezes, tem sabido conduzir com inteligência o trabalho de renovação de valores. Antes de fazê-lo nas seleções de base já o havia feito em clubes como Flamengo e Botafogo, que tanto se destacaram sob seu comando, assim como o Coritiba, que ele reconduziu à elite do Campeonato Brasileiro com o título da Série B de 2010.
Ilídio Vale, técnico da seleção portuguesa, tem o mérito de ser bom observador e de lidar com inteligência com os valores mais jovens. O goleiro Mika e o lateral Danilo, que marcou de cabeça o primeiro gol nos 2 a 0 sobre a França na semifinal, atestam bem o trabalho acurado que ele realiza.

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