quinta-feira, 18 de agosto de 2011

WAGNER ROSSI É APENAS MAIS UM QUE SE FOI, ENTRE OUTROS QUE EM BREVE TAMBÉM IRÃO.
Não surpreendeu ninguém, aqui em Brasília, a carta de demissão do já agora ex-ministro da Agricultura,Wagner Rossi. O desfecho estava sendo esperado há mais de uma semana e poderia demorar mais outra, mas era inexorável. Todo mundo é inocente até que se lhe prove a culpa, mas tantas e tão indefensáveis evidências de corrupção vinham se acumulando no ministério administrado por Wagner Rossi que outra solução não havia, dentro da determinação da presidente Dilma Rousseff de promover ampla faxina em seu próprio governo.
As declarações da presidente, dias atrás, manifestando confiança em Rossi, fizeram apenas parte do jogo de faz-de-conta praticado no Brasil há décadas. Certamente hoje tomaremos conhecimento da carta de Dilma agradecendo os inestimáveis serviços prestados pelo ex-ministro, ainda que dúvidas inexistam: ela livrou-se de mais uma das pesadas cargas deixadas sobre seus ombros pelos partidos de sua base parlamentar.
A pergunta que se faz é sobre como o vice-presidente Michel Temer suportará mais essa paulada no esquema criado pelo PMDB para se manter mamando nas tetas da administração federal. Mesmo que a presidente Dilma venha a pedir ao vice-presidente a indicação de um novo ministro saído de seus quadros, as regras agora serão outras. Quem vier a assumir o ministério da Agricultura precisará ser um político limpo ou um técnico competente.
Não há como deixar de concluir que o país começou a mudar, e que novas mudanças acontecerão.

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