** greve geral contra arrocho fiscal paralisa a Itália nesse momento.
** contra a receita ortodoxa, Obama prepara um PAC anti-crise: empregos e obras, a exemplo de Lula em 2007 e 2010.
** tucanato midiático faz terrorismo inflacionário contra corte de juro.
**Delfim Netto: 'o mundo está literalmente vindo abaixo e ... sugere-se 'esperar para ver'! (Valor 06-09)
O DINHEIRO NÃO OBEDECE E NÃO HÁ NINGUÉM PARA DOMÁ-LO - O euro esfarela desde o início da crise mas nesta 2ª feira ensaiou estrebuchar. A União Européia praticamente não faz mais jus ao nome. O laço monetário que a sustentava deixou de ser um trunfo para se consolidar em algoz. A Grécia, submetida à terapia ortodoxa para manter a moeda única, naufraga numa recessão que deixará de pé apenas as ruínas antigas, no dizer dos oposicionistas. O PIB deve cair 5,5% este ano. O descrédito é tamanho que os credores exigiam ontem taxas de juros de 50% para rolar a dívida grega por mais dois anos. Eis o retorno do pacote de arrocho imposto pela Alemanha e o BCE para escalpelar a sociedade e devolver confiança aos credores. A Grécia estáparalisada pela crise política: governo, credores e sociedade não se entendem. A exemplo de Atenas, a Itália patina nas mãos de credores que desacreditam da solvência de um país que deve 120% do PIB, é incapaz de arrecadar mais impostos da plutocracia, depende apenas de arrocho sobre os assalariados, tem um governante que se chama Berlusconi e está às voltas com uma greve geral que paralisa os transportes neste momento. Impasses semelhantes enfrentam a Espanha e Portugal. A crise aponta claramente as tarefas que se impõem. A salvação da UE pressupõe uma socialização do resgate fiscal de Estados periféricos atingidos no contrapé pela crise mundial. São duas as providencias inadiáveis: a) arrecadar mais dos ricos e das grandes fortunas para desafogar o endividamento de Estados capturados pelo rentismo no ciclo de alta liquidez neoliberal; b) lançar euro-bonus que diluam as fragilidades periféricas na força e na credibilidade das economia centrais, Alemanha e França, sobretudo. Angela Merkel, porém, a dama-de-ferro conservadora resiste em fazer da UE algo mais do que um quintal cativo das exportações germânicas. Nem o aço ortodoxo de que é feitam todaviam resiste mais à corrosão da maré vazante. Derrotada em sua própria base eleitoral nas eleições regionais de domingo último, Merkel deixou de ser referência (autoritária) de futuro para se transformar, ela própria, em fator de incerteza no presente. Bolsas da UE persistem em vermelho nest amanhã de 3ª feira. Em tempo: e ainda há na mídia demotucana quem, de posse plena de suas faculdades mentais, classifique como 'precipitada' a redução de meio ponto na taxa de juro brasileira. O que seria do país se essa lógica ainda fosse governo? (Carta Maior; 3ª feira, 06/09/ 2011)
O DINHEIRO NÃO OBEDECE E NÃO HÁ NINGUÉM PARA DOMÁ-LO - O euro esfarela desde o início da crise mas nesta 2ª feira ensaiou estrebuchar. A União Européia praticamente não faz mais jus ao nome. O laço monetário que a sustentava deixou de ser um trunfo para se consolidar em algoz. A Grécia, submetida à terapia ortodoxa para manter a moeda única, naufraga numa recessão que deixará de pé apenas as ruínas antigas, no dizer dos oposicionistas. O PIB deve cair 5,5% este ano. O descrédito é tamanho que os credores exigiam ontem taxas de juros de 50% para rolar a dívida grega por mais dois anos. Eis o retorno do pacote de arrocho imposto pela Alemanha e o BCE para escalpelar a sociedade e devolver confiança aos credores. A Grécia estáparalisada pela crise política: governo, credores e sociedade não se entendem. A exemplo de Atenas, a Itália patina nas mãos de credores que desacreditam da solvência de um país que deve 120% do PIB, é incapaz de arrecadar mais impostos da plutocracia, depende apenas de arrocho sobre os assalariados, tem um governante que se chama Berlusconi e está às voltas com uma greve geral que paralisa os transportes neste momento. Impasses semelhantes enfrentam a Espanha e Portugal. A crise aponta claramente as tarefas que se impõem. A salvação da UE pressupõe uma socialização do resgate fiscal de Estados periféricos atingidos no contrapé pela crise mundial. São duas as providencias inadiáveis: a) arrecadar mais dos ricos e das grandes fortunas para desafogar o endividamento de Estados capturados pelo rentismo no ciclo de alta liquidez neoliberal; b) lançar euro-bonus que diluam as fragilidades periféricas na força e na credibilidade das economia centrais, Alemanha e França, sobretudo. Angela Merkel, porém, a dama-de-ferro conservadora resiste em fazer da UE algo mais do que um quintal cativo das exportações germânicas. Nem o aço ortodoxo de que é feitam todaviam resiste mais à corrosão da maré vazante. Derrotada em sua própria base eleitoral nas eleições regionais de domingo último, Merkel deixou de ser referência (autoritária) de futuro para se transformar, ela própria, em fator de incerteza no presente. Bolsas da UE persistem em vermelho nest amanhã de 3ª feira. Em tempo: e ainda há na mídia demotucana quem, de posse plena de suas faculdades mentais, classifique como 'precipitada' a redução de meio ponto na taxa de juro brasileira. O que seria do país se essa lógica ainda fosse governo? (Carta Maior; 3ª feira, 06/09/ 2011)
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