Por Carlos Chagas
Se não recebeu ontem à noite, no palácio da Alvorada, Carlos Lupi receberá hoje, no palácio do Planalto, o golpe de graça que o afastará do ministério do Trabalho, ouvindo da presidente Dilma a falta de condições políticas para sua permanência. Não deu mais para continuar, com o PDT posto em frangalhos e o governo submetido a um desgaste desnecessário por conta do prolongamento da crise. O fato é Lupi deixou de ser ministro, assumindo um interino em seu lugar.
Voltam-se as atenções, agora, para a tão falada e por enquanto tão pouco conhecida reforma do ministério, prevista para janeiro.
No fim de semana, por conta de alguns caciques do PT, circulou uma lista que seria cômica se não fosse trágica, com sugestões para um troca-troca de cadeiras entre os partidos. Dilma deve ter-se espantado com tanta desfaçatez, tirada sabe-se lá de onde. Por essa peça hilariante o PDT ganharia a Agricultura, o PT passaria para a Educação e o Trabalho, perdendo Ciência Tecnologia, o PMDB entregaria o Turismo pelas Cidades, o PP e o PR continuariam com outras pastas. E mais um amontoado de bobagens, no fundo significando apenas o canibalismo dos partidos sobre a carcaça da administração federal. Precisamente o câncer a extirpar da Esplanada dos Ministérios. A menos, é claro, que a presidente pretenda governar sem os ministros partidários, deixando-os fingir que administram suas escrivaninhas, autorizados apenas a nomear oficiais de gabinete e secretárias. Como essa hipótese parece absurda, aguarda-se com ansiedade a hora em que os melhores serão convocados para a equipe de governo. Serão?
FIM DA AVENTURA
Não deixa dúvidas a recém-divulgada pesquisa a respeito da divisão do Pará em três porções: não será desta vez que surgirão os estados do Tapajós e de Carajás. Pelas projeções, 60% dos eleitores se pronunciarão contra a proposta. Nada de mais duas Assembléias Legislativas, dois Tribunais de Contas, dois Tribunais de Justiça e duas novas capitais. Como o Pará não dispõe de recursos para essa lambança, a conta acabaria chegando a Brasília.
ANO DE UM SÓ SEMESTRE
Deve cuidar-se o governo, porque o ano parlamentar de 2012 terá um só semestre, o primeiro. De julho em diante já se cogita, no Congresso, do estabelecimento do duvidoso esforço concentrado, eufemismo para significar recesso remunerado. A grande maioria dos deputados e senadores estará cuidando das eleições municipais, etapa fundamental para sua reeleição ou vôos mais altos em 2014. As lideranças oficiais cuidam de preparar uma agenda carregada de votações necessárias ao governo, no primeiro semestre. Outra vez, tem-se a impressão de que a reforma política ficará para nunca mais, assim como a reforma tributária.
RELAÇÕES EXPLOSIVAS
Não andam nada bem as relações entre o PT e o PMDB, seja por causa da reforma do ministério, seja por conta de projeções feitas para mais tarde. Naufragou a hipótese de um rodízio entre eles para as futuras presidências da Câmara e do Senado. Parecia acertado que o PMDB ocuparia a primeira e o PT, a outra, ao contrário do que acontece hoje. O problema é que os senadores peemedebistas, amplamente majoritários, nem pensam em entregar o cargo. Assim, os companheiros deputados, em razão de possuírem a maior bancada, retrucam na mesma moeda. Tudo dependerá de alianças futuras, é claro, mas se os dois partidos mantiverem suas atuais presidências, menos mal para eles.
Voltam-se as atenções, agora, para a tão falada e por enquanto tão pouco conhecida reforma do ministério, prevista para janeiro.
No fim de semana, por conta de alguns caciques do PT, circulou uma lista que seria cômica se não fosse trágica, com sugestões para um troca-troca de cadeiras entre os partidos. Dilma deve ter-se espantado com tanta desfaçatez, tirada sabe-se lá de onde. Por essa peça hilariante o PDT ganharia a Agricultura, o PT passaria para a Educação e o Trabalho, perdendo Ciência Tecnologia, o PMDB entregaria o Turismo pelas Cidades, o PP e o PR continuariam com outras pastas. E mais um amontoado de bobagens, no fundo significando apenas o canibalismo dos partidos sobre a carcaça da administração federal. Precisamente o câncer a extirpar da Esplanada dos Ministérios. A menos, é claro, que a presidente pretenda governar sem os ministros partidários, deixando-os fingir que administram suas escrivaninhas, autorizados apenas a nomear oficiais de gabinete e secretárias. Como essa hipótese parece absurda, aguarda-se com ansiedade a hora em que os melhores serão convocados para a equipe de governo. Serão?
FIM DA AVENTURA
Não deixa dúvidas a recém-divulgada pesquisa a respeito da divisão do Pará em três porções: não será desta vez que surgirão os estados do Tapajós e de Carajás. Pelas projeções, 60% dos eleitores se pronunciarão contra a proposta. Nada de mais duas Assembléias Legislativas, dois Tribunais de Contas, dois Tribunais de Justiça e duas novas capitais. Como o Pará não dispõe de recursos para essa lambança, a conta acabaria chegando a Brasília.
ANO DE UM SÓ SEMESTRE
Deve cuidar-se o governo, porque o ano parlamentar de 2012 terá um só semestre, o primeiro. De julho em diante já se cogita, no Congresso, do estabelecimento do duvidoso esforço concentrado, eufemismo para significar recesso remunerado. A grande maioria dos deputados e senadores estará cuidando das eleições municipais, etapa fundamental para sua reeleição ou vôos mais altos em 2014. As lideranças oficiais cuidam de preparar uma agenda carregada de votações necessárias ao governo, no primeiro semestre. Outra vez, tem-se a impressão de que a reforma política ficará para nunca mais, assim como a reforma tributária.
RELAÇÕES EXPLOSIVAS
Não andam nada bem as relações entre o PT e o PMDB, seja por causa da reforma do ministério, seja por conta de projeções feitas para mais tarde. Naufragou a hipótese de um rodízio entre eles para as futuras presidências da Câmara e do Senado. Parecia acertado que o PMDB ocuparia a primeira e o PT, a outra, ao contrário do que acontece hoje. O problema é que os senadores peemedebistas, amplamente majoritários, nem pensam em entregar o cargo. Assim, os companheiros deputados, em razão de possuírem a maior bancada, retrucam na mesma moeda. Tudo dependerá de alianças futuras, é claro, mas se os dois partidos mantiverem suas atuais presidências, menos mal para eles.
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