quinta-feira, 16 de setembro de 2010

CENTRO DE GUERRA CIBERNÉTICA

Exército brasileiro fecha acordo e se prepara para ciberguerra.
AMANDA DEMETRIO.
O comandante de comunicações e guerra eletrônica do Exército Brasileiro, general Antonino dos Santos Guerra, e a empresa de segurança Panda Security anunciaram nesta quinta-feira (16) uma parceria na área de segurança digital. Com a medida, o país se prepara para uma possível ciberguerra no futuro, segundo o general.
"A rede do Exército é suscetível a invasões. A rede no quartel é um espelho do que ocorre no Brasil", disse Santos Guerra, em um evento com a imprensa em São Paulo. Segundo ele, estão sendo tomadas diversas iniciativas para que o Brasil se prepare para a guerra cibernética. "Queremos proteger o que existe e nos preparar para o futuro."
As tentativas de invasão à rede do Exército não são provenientes de grupos específicos ou outros Estados, segundo o coronel Santos Guerra, que estima que sejam mais de cem tentativas todos os dias em cada um dos centros de telemática do Exército.
Apesar das ameaças, o Exército alega ainda não ter sofrido grandes prejuízos. "Temos centenas de tentativas de invasão todos os dias, mas nunca tivemos penetração que nos causasse prejuízos de qualquer ordem. Talvez tenham nos causado um desconforto. É uma luta diária", afirmou Guerra.
ACORDO.
Por meio do acordo, o Exército adquiriu 37,5 mil licenças da ferramenta de segurança da Panda. Os programas serão instalados nas organizações militares espalhadas pelo Brasil. Além disso, a empresa informa que irá oferecer suporte técnico e treinamento para os militares.
O Exército deve enviar ao PandaLabs arquivos suspeitos e o laboratório se comprometeu a responder, em um prazo máximo de 24 horas, sobre a identidade do problema e se já existe alguma forma de combate.
De acordo com Eduardo D'Antona, diretor da área corporativa da Panda no Brasil, o contrato foi fechado com valor de R$ 292.500.
Santos Guerra conta que, até o momento, a cibersegurança do Exército não era feita de maneira uniforme. "Geravam um grande custo e não havia treinamento."
Apesar de a segurança móvel ganhar destaque entre os pesquisadores e ser apontada como uma das novas fronteiras da segurança digital, o Exército não adquiriu soluções de segurança para aparelhos móveis. Segundo o general Santos Guerra, foi adquirida a solução apenas para os computadores tradicionais.
CENTRO DE GUERRA CIBERNÉTICA
A criação de um núcleo sobre guerra cibernética no Estado brasileiro está em andamento, segundo o general Santos Guerra. Ele explica que já foi criado o núcleo de implantação de guerra cibernética, que, no futuro, será o centro de guerra cibernética.
Para ele, também é questão das forças armadas o desenvolvimento da parte ofensiva em uma possível ciberguerra. Isso também deve ser feito em algum momento, defende o general.

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