Por Carlos Chagas
Dizia o dr. Ulysses Guimarães: “pior do que o atual Congresso, só o próximo”. Já o também saudoso Gustavo Capanema sustentava ser o Congresso o retrato da nação, nem melhor nem pior. Para o Tiririca, “pior não fica”.
Na iminência de vermos o singular palhaço como o deputado federal mais votado em São Paulo, a pergunta vai para o novo perfil da Câmara e do Senado. Importa menos se de saída a maioria dos futuros parlamentares entoará loas a Dilma Rousseff. Do que precisarão cuidar é da instituição. Oportunidade ímpar abre-se para a próxima Legislatura caso, em seus primeiros meses, deputados e senadores cuidem de realizar a reforma política. Mesmo contra seus interesses. Uma Grande Comissão poderia encarregar-se de reunir as centenas de propostas encaminhadas nos últimos anos, todas, aliás, paralisadas. Seria o ponto de partida, com ou sem a participação do Executivo. Mas com prazos rigidamente estabelecidos, para aprovação até o final de 2011. Rejeitando, é óbvio, a absurda tese da convocação de uma Assembléia Constituinte exclusiva para essa finalidade.
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