É PRECISO ESTADO, E O ESTADO PRECISA FUNCIONAR. "Não é necessário sofrer assim. Há uma escolha (a ser feita), e a escolha é planejar" (Margareta Wahlström, subsecretária-geral da ONU para a Redução de Riscos de Desastres,via BBC) Na Austrália, cidades importantes estão submersas; populações foram alertadas com dias de antecedência; regiões inteiras foram evacuadas. O número de vítimas (17 até agora) é residual diante da magnitude das inundações. No Brasil, uma tromba d'agua (imprevisível?) matou cerca de 500 pessoas na região serrana do Rio em praticamente 24 horas. Em SP, um temporal de 54 mm (30 vezes inferior à incidência verificada no Rio) dissolveu a gestão tucana na enxurrada. Em todo o país, o mapeamento das áreas de risco está desatualizado e ações preventivas são pontuais. Não há sistemas de alarme dignos de respeito: em Franco da Rocha, SP, a Sabesp, empresa modelo da gestão tucana, abriu as comportas de uma represa e inundou a cidade sem qualquer aviso prévio ou procedimento de retirada das populações residentes no caminho das águas. Sem planejamento, a administração pública bóia na enxurrada como saco de lixo à deriva. Centenas de vidas se perdem.
(Carta Maior; Sexta-feira, 14/01/2011. Para doações às cidades devastadas Defesa Civil do RJ, CEF -conta 2011-0, agência 0199, operação 006)
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