O BLOG MILIONÁRIO DE MARIA BETÂNIA
A ministra Ana de Hollanda (Cultura) minimizou a controvérsia gerada com a aprovação, pelo ministério, de projeto de R$ 1,3 milhão para a criação de um blog com leituras de poesia pela cantora Maria Bethânia. A informação é de Breno Costa da Folha de S. Paulo. Do montante total aprovado para captação junto a empresas via Lei Rouanet, com renúncia fiscal, R$ 600 mil constam como remuneração para a própria Bethânia. "Não tem nada (de mais). É uma polêmica que foi criada não sei por quê. Foi inteiramente dentro das regras", disse Ana de Hollanda.. "Ela participou, (o projeto) foi julgado por uma comissão da sociedade civil, com alguns integrantes do governo, e foi aprovado." Segundo a ministra, o R$ 1,3 milhão é justificado pelos "trabalhos" e pelas "filmagens" que o blog exigirá. Exposição em São Paulo apresenta acervo do MAC durante ditadura militar.
A arte brasileira que foi produzida no período da ditadura militar é o foco da exposição “Um Dia Terá Que Ter Terminado”, que está em cartaz no Museu de Arte Contemporânea (MAC) do Ibirapuera, em São Paulo. A exposição é a segunda de uma série de três que pretendem investigar a formação do acervo do museu, fundado em abril de 1963, e também refletir sobre o papel desempenhado pelos museus públicos de arte sob o regime militar.
“A exposição faz também uma autocrítica institucional: como é que o museu pode ser uma plataforma de reflexão e de resistência, do ponto de vista artístico, num panorama político e social de exceção como foi aquele período”, disse Cristina Freire, uma das curadoras da exposição, em entrevista à Agência Brasil.
Cristina Freire disse que as obras que estão em exposição não são necessariamente políticas. “Temos (em exposição) o que se estava fazendo de arte no Brasil (naquele período) e essas obras não necessariamente têm conteúdo político explícito. Temos o que os artistas estavam trabalhando no Brasil e que foi, de alguma maneira, incorporado ou entrou no acervo do museu e ficou como narrativa dessa história do ponto de vista artístico”, afirmou.
Uma das obras que representam bem esse período é São Sebastião (Marighella), de Sérgio Ferro. O nome da exposição deriva de trecho de uma carta escrita pelo artista ao então diretor do museu, Walter Zanini, antes de sair para o exílio. Na carta, Ferro solicita que sua obra seja protegida pelo MAC e fala de sua esperança de que a ditadura acabe: “Um dia terá que ter terminado”, escreveu.
Também estão sendo expostas obras de Julio Plaza, Regina Silveira, Claudio Tozzi e Artur Barrio, entre outros.
A exposição está aberta até o dia 31 de julho, de terça-feira a domingo, das 10h às 18h, no MAC Ibirapuera, com entrada franca. O MAC está localizado no Parque Ibirapuera, no Pavilhão Cicillo Matarazzo, no prédio da Bienal.
Cinemas populares proliferam e se consolidam no Rio
A sala, num shopping em Guadalupe, zona norte do Rio de Janeiro, é pequena, com lugar para 73 pessoas. Mas, nem por isso simples: há equipamentos de última geração, poltronas ergonômicas e duas fileiras equipadas com assentos especiais para obesos. O preço: R$ 6 a entrada inteira e R$ 3 a meia. Criado há 11 anos, o Ponto Cine, idealizado por Adailton Medeiros, tinha como principal objetivo levar cinema de arte onde não havia, por preço popular, a um dos bairros da cidade com menor índice de desenvolvimento humano, segundo dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).
Iniciativas similares surgiram e estão se consolidando em comunidades cariocas carentes de cultura e lazer. Algumas eram antes redutos de criminosos e hoje estão pacificadas. É o caso do Complexo do Alemão, na zona norte, recente palco de uma batalha entre traficantes e policiais mostrada pela televisão, que hoje tem um cinema Multiplex, com ingressos subsidiados pela prefeitura, filmes de grande bilheteria por R$ 8 a inteira e R$ 4 para moradores, estudantes e idosos — menos da metade do que é cobrado nos demais cinemas cariocas.
No subúrbio de Sulacap, o projeto Cine 10 inaugurou cinco salas populares em outubro passado num supermercado, com recursos da Agência Nacional de Cinema (Ancine) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O empresário Adhemar de Oliveira, responsável pelo projeto Cine 10, acredita que o quadro macroeconômico favoreceu o surgimento de uma nova classe média brasileira e a criação de novos formatos de cinema para despertar o interesse de novos consumidores. No entanto, ele afirmou que os financiamentos públicos são fundamentais para disseminar esse tipo de cinema voltado para a nova classe média.
Chico Buarque quer discutir na Justiça indenização recebida da EMI.
O cantor e compositor Chico Buarque de Hollanda quer rediscutir na Justiça a indenização que recebeu da gravadora EMI, que foi condenada a pagar por autorizar uso de uma canção dele para publicidade.
Em 2007, a EMI depositou R$ 400.624,00 em juízo, que só foi liberado há um mês - hoje chega a R$ 500 mil. Os advogados do cantor acham que a correção não compensou totalmente o valor devido, segundo informações da coluna de Mônica Bergamo, no jornal `Folha de S. Paulo`.
José Diamantino Abelenda, advogado da EMI, disse que a gravadora já pagou o valor devido e que qualquer eventual diferença deverá ser definida por peritos e contadores da Justiça.
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