quarta-feira, 27 de outubro de 2010

OPORTUNIDADES PERDIDAS

Por Carlos Chagas
Com o debate de segunda-feira, na Rede-Record, foi-se a penúltima oportunidade de os candidatos atingirem o âmago do sentimento do eleitorado. Resta o debate de sexta-feira, na Rede-Globo, mas, ao que tudo indica, será mais uma oportunidade perdida, tendo em vista que desde o início da campanha o tema “segurança pública” vem sendo relegado a considerações insuficientes. Serra promete um ministério específico, Dilma anuncia que copiará o modelo das polícias pacificadoras do Rio de Janeiro. E só.
Deixaram de perceber os dois, assim como seus assessores principais, a importância de planos e projetos eficazes para combater a insegurança que assola o país inteiro diante da ação da bandidagem na vida de cada um de nós.
Tivessem o tucano ou a companheira prometido concepções e medidas cirúrgicas para a defesa do cidadão e, com certeza, seriam outros os percentuais de sua aprovação, nas pesquisas.
Por exemplo: senão pena de morte, ao menos prisão perpétua para autores de crimes hediondos. Extinção de todos os benefícios legais para quantos torturam e matam, em especial crianças, a começar pelos próprios pais. Cadeia para o resto da vida, sem livramento constitucional ou saídas costumeiras da prisão, para autores de latrocínio e comandantes do tráfico de drogas. Regime prisional sem facilidades de espécie alguma para seqüestradores. Trabalho obrigatório para quantos tenham sido sentenciados por crimes violentos. Tratamento carcerário igual para os criminosos de colarinho branco e para ladrões de galinha. Inflexibilidade na condenação de quantos se envolvam em peculato, desvio de recursos públicos, recebimento de propinas, envio de dinheiro irregular para o exterior ou utilizem funções de estado para cometer ilícitos.
E quanta coisa a mais poderiam ter anunciado os candidatos, acoplando-se à tendência unânime da população de que o principal sujeito da política de direitos humanos precisa ser o cidadão comum?...

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