DERRUBAR A POBREZA SEM DERRUBAR A FLORESTA "...O Brasil mostrou que o crescimento econômico, a justiça social e a proteção ambiental não só são compatíveis como podem ser parte de uma estratégia de desenvolvimento. Na última década, a pobreza extrema do Brasil foi reduzida em 70%. No mesmo período, a taxa de desmatamento caiu em mais de 75%. Apenas este ano, espera-se que o PIB brasileiro cresça acima de 7,5%, e o desmatamento nunca esteve tão baixo desde que começamos a monitorá-lo no anos 80..." Ministra Izabella Teixeira, em discurso na COP 16 que aprovou fundo de US$ 100 bilhões para ações ambientais nos países em desenvolvimento, mas não fixou metas para a continuidade de 'Quioto'. A partir de 2012 quando vence o protocolo original, cada país faz o que quiser em matéria de clima. O Brasil foi o único entre os emergentes a fixar um teto voluntário para as emissões de carbono, que agora passa a ter a força de lei no país. O teto estabelecido (2,1 bilhões de toneladas de C02 equivalente) exige uma redução da ordem de 36% a 39% das emissões brasileiras até o final da próxima década. O decreto-lei assinado pelo Presidente Lula na última 5º feira -- 09-12--- detalha como isso será alcançado: I- o Brasil publicará anualmente suas emissões, permitindo desse modo a verificação no cumprimento das metas; II) o país terá limites de emissão para os 12 setores da economia que mais poluem; III- o desmatamento na Amazônia deverá cair em 80% e o do Cerrado em 40% no período; III- a agricultura definirá políticas para assegurar a expansão de plantio direto (feito sobre a palha) em 5, 5 milhões de hectares; IV- a pecuária terá que aumentar a sua produtividade (ocupação de bois por hectare, hoje baixíssima, em torno de 1 por 1); V-. o manejo sustentável de florestas terá que atingir 3 milhões de hectares; VI- 4,4 milhões de m3 de dejetos animais terrão que ser tratados no campo com novas tecnologias, evitando assim a emissão de metano.
(Carta Maior; Domingo; 12/12/2010)
Nenhum comentário:
Postar um comentário