Por Carlos Chagas.
Raciocinam os dirigentes dos partidos, os líderes e até os ministros políticos do governo com a tradicional inexperiência e a timidez das novas bancadas que chegam ao Congresso. Imaginam que os deputados e senadores de primeiro mandato estão mais preocupados em disputar gabinetes e apartamentos, mudar-se e adaptar-se a Brasília, podendo no máximo pleitear lugares subalternos nas comissões temáticas.
Podem estar enganados. Organizam-se em silêncio os grotões de que falavam Ulysses Guimarães e Tancredo Neves. Apesar de destinados a ocupar os lugares mais ao fundo dos plenários da Câmara e do Senado, e não obstante serem minoritários quando cotejados com os colegas que mantiveram os mandatos, os novos começam a reunir-se para pleitear lugares ao sol.
Em outras palavras, para fazer valer sua representatividade e influir nas diretrizes por tomar. Afinal, exprimem de modo mais legítimo os anseios do eleitorado. O primeiro teste acontecerá quando da votação da medida provisória do salário mínimo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário