Por Carlos Chagas
Terá Dilma Rousseff conseguido enquadrar o ministério, na primeira reunião de trabalho, ontem? Melhor marcar coluna do meio. Apesar do tom áspero com que a presidente dirigiu-se à equipe, ficou claro que parte de seus ministros discorda dos cortes de mais de 40 bilhões no orçamento, anunciados por Guido Mantega. Só faltou Dilma repetir as palavras preparadas por Tancredo Neves mas não pronunciadas na posse que não aconteceu: “é proibido gastar”. Como deixar de gastar, pensaram sem protestar os ministros da área social. Dentro de um mês a própria presidente irá cobrar resultados de seus ministros, mas com as limitações agora impostas muitos ficarão felizes caso consigam apenas evitar a paralisação nos respectivos setores.
Espera-se, no ministério, que essa primeira palavra de ordem venha a ser flexibilizada. De que maneira os ministérios da Saúde, das Cidades e da Defesa, por exemplo, evitarão vultosos gastos suplementares para enfrentar os efeitos da catástrofe verificada no Rio? Ou de que forma o ministério do Desenvolvimento Social negará aumento e ampliação do bolsa-família aos treze milhões de beneficiados com o programa? Como enfrentar a reação nacional ao salário-mínimo de 540 reais, mesmo se for contida a grita parlamentar por um reajuste mais justo e, claro, também por mais cargos no segundo escalão?
Em suma, mesmo com a tomada de posição da presidente da República em favor dos ministros defensores da contenção, não se convenceram os ministros empenhados em realizações. Repete-se outra vez a quase centenária disputa entre os gastadores e os mãos-de-porco.
Espera-se, no ministério, que essa primeira palavra de ordem venha a ser flexibilizada. De que maneira os ministérios da Saúde, das Cidades e da Defesa, por exemplo, evitarão vultosos gastos suplementares para enfrentar os efeitos da catástrofe verificada no Rio? Ou de que forma o ministério do Desenvolvimento Social negará aumento e ampliação do bolsa-família aos treze milhões de beneficiados com o programa? Como enfrentar a reação nacional ao salário-mínimo de 540 reais, mesmo se for contida a grita parlamentar por um reajuste mais justo e, claro, também por mais cargos no segundo escalão?
Em suma, mesmo com a tomada de posição da presidente da República em favor dos ministros defensores da contenção, não se convenceram os ministros empenhados em realizações. Repete-se outra vez a quase centenária disputa entre os gastadores e os mãos-de-porco.
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