A SIMULAÇÃO RIDÍCULA E MENTIROSA

BLOG DO DENI MENEZES.
Somália é o segundo jogador a criar problema nos últimos tempos para o Botafogo. Nem vale discutir se mais grave que o de Jobson. São dois problemas que, tanto um quanto outro, deveria ter evitado. Acima de tudo, porque o Botafogo não merece.

Se há clube que tem sido exemplo de administração é o Botafogo. Correto no relacionamento com atuais e antigos jogadores, o Botafogo tem sido cumpridor das obrigações sociais e trabalhistas, pagando em dia e promovendo ações que beneficiam e valorizam a imagem de cada um.

A simulação, ridícula e mentirosa, de sequestro de Somália reflete fora de campo o desequilíbrio e o despreparo de que não tem cabeça para cumprir a missão dentro dele. Desmascarado pelo trabalho bonito de investigação da equipe da Delegacia Policial da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, à frente a delegada Juliana Domingues, o jogador terá que arcar com as consequências.

As imagens do circuito interno do prédio onde Somália mora mostraram com nitidez que ele saiu sem relógio e sem cordão de ouro, peças que informou na delegacia terem sido levadas pelos “sequestradores” e a carteira de dinheiro de onde disse terem sido roubados mil reais. Farsa, mentira, tudo para escapar da multa pelo atraso na hora de chegar ao treino.

A posição assumida ontem pelo clube, através da fala do gerente de futebolol Anderson Barros, foi muito firme. O Botafogo multará o jogador e a solução do problema na esfera policial terá que ser resolvida por ele próprio. Somália, segundo a informação, é passível de condenação de seis meses a um ano de detenção.

No fim das contas, Somália deverá ter a pena convertida em cestas básicas ou em serviços comunitários e/ou afins. Mas, qualquer que seja o desfecho, uma coisa é certa: o jogador terá a imagem desgastada, por simular a primeira grande mentira do futebol do ano de 2011.

O cinismo de Somália diante das câmeras de televisão para explicar o sequestro de que foi vítima foi impressionante. Falou com a postura dos atores de ponta e que estão acostumados com o foco e com os microfones.