sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

JOEL E O SUCESSO DE 1995

BLOG DO DENI MENEZES - O Repórter de Oito copas do Mundo.
Joel Santana pode repetir sucesso de 16 anos.

Joel Santana evita o alarde, mas pensa muito na repetição, domingo, do grande sucesso de 1995 quando venceu Vanderlei Luxemburgo na decisão do Campeonato Carioca. O Fluminense não era campeão desde 1985, ano em que se sagrou, pela primeira vez, tricampeão no Maracanã, quebrando jejum de dez anos e conquistando seu 28º título.
O Flamengo, que até então tinha 24 títulos – hoje tem 31 – fez o maior investimento do ano trazendo Romário da Espanha, seis meses depois de o atacante ter sido o destaque da seleção na conquista da Copa do Mundo de 94, e contratou também Vanderlei Luxemburgo, que era o técnico bicampeão brasileiro.
Com time bem mais modesto, Joel Santana ganhou seu quarto título de campeão carioca – hoje tem o dobro e pode passar a ser em 2011, no Botafogo, o recordista dos treinadores campeões -, em final emocionante que o Fluminense ganhava (2 a 0, gols de Renato e Leonardo) no primeiro tempo e o Flamengo empatou com os gols de Romário e Fabinho.
Joel Santana, segurando a prancheta que o acompanha até hoje à beira do campo, venceu Luxemburgo quando só faltavam quatro minutos para o apito final de Leo Feldman. Uma jogada de dribles sucessivos de Ailton em Charles Guerreiro e o chute que Renato Gaúcho desviou, na pequena área, aos 41 minutos. Foi o primeiro e único título, até hoje, com um gol de barriga na história do Maracanã.
Recordações à parte, Joel Santana segue armando o Botafogo para jogar com a habitual disciplina tática a semifinal de domingo em que ele insiste: “O Flamengo é o time da moda. O Flamengo tem Ronaldinho”.
O Botafogo está empenhado na recuperação de Marcelo Matos, hoje uma espécie de talismã de um time que não consegue se livrar da superstição. Com ele, o Botafogo ainda não perdeu: são dezessete vitórias e três empates. Só que Marcelo Matos, com dores no pé, não treina há onze dias e o técnico já analisa como o meio-campo ficará melhor sem ele.
Arévalo, com sua raça uruguaia a transmitir, junto com Loco Abreu e Herrera, mais energia ao grupo, é um dos cotados para a vaga. Fahel e Mancha são outros nomes falados, mas com a cotação mais baixa. É a única dúvida no time, que prega raça e determinação para ser finalista. O zagueiro Antonio Carlos garante que poucas vezes viu a equipe tão consciente e motivada.
O goleiro Jeferson, considerado o jogador mais regular do elenco, diz estar pronto para a decisão extra nos pênaltis: “Temos um estudo bem feito de todos os cobradores adversários, o que pode ajudar muito na hora”.
BotafogoFlamengo será apitado por Luis Antonio Silva Santos. O outro nome do sorteio era o de Rodrigo Nunes de Sá.

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