Passista do Salgueiro faz ensaio para o Sambarazzo.
Ela vem lá de cima. Do morro sim senhor. Claudinha, como gosta de ser chamada a musa desta edição do Sambarazzo, tem orgulho, e muito, das suas raízes. Nascida e criada no morro do Salgueiro, essa menina da pele preta tem uma relação de 20 anos com a vermelho e branco da Tijuca. Filha de seu Pedro, antigo diretor de bateria do Salgueiro, Claudinha foi levada pelo pai aos sete anos à quadra da escola. Ali nasceu o amor ao samba, ao Carnaval, e à escola.
"Minha mãe não curte samba, só vai à Avenida pra assistir. Eu não. Adoro, amo. Comecei a desfilar com sete anos na Alegria da Passarela, que hoje é o Aprendizes do Salgueiro, e com 13 já era rainha mirim. Depois passei para a ala de passistas do Salgueiro, estou lá até hoje, e tenho orgulho de dizer que sou da comunidade", diz a musa.
Foto: Divulgação
Mas essa história de amor ao samba foi interrompida por alguns anos para viver uma outra história de amor. Durante uma viagem com um grupo de shows para a Rússia, Claudinha conheceu Jo, com quem viveu um verdadeiro conto de fadas que acabou em casamento, com direito a vestido de noiva dourado, como ela gosta de frisar.
"Vivi um verdadeiro conto de fadas com ele. Nos conhecemos em Moscou. Ele jogava futebol em um time, o CSKA. Namoramos e quando voltei ao Brasil ele veio até aqui e pediu minha mão em casamento aos meus pais. Casamos e fomos para a Inglaterra, onde eu vivi até novembro do ano passado. O casamento acabou, mas a amizade continua".
Fim do conto de fadas. De volta ao Brasil, a carioca salgueirense ganhou um presentaço. Amiga da presidente Regina Celi, Claudinha foi anunciada Musa da Comunidade da Academia, durante uma das feijoadas mensais da agremiação.
"Para mim foi uma emoção sem igual. A minha relação com a Regina e com a escola é muito forte. Aliás, eu tenho que agradecer tudo a eles. Foi a Regina quem me deu a mala pra que eu pudesse viajar com o grupo do Explode Brasil (companhia de shows dirigida por Cintia Levy) e foi o Carlinhos, coreógrafo do Salgueiro, quem me indicou. Se não fosse por eles não tinha vivido tudo isso. Devo a eles toda a minha gratidão".
Quando aceitou o convite para posar para as lentes de Yuri Grameiro fez somente uma exigência. "Pedi para posar ao som de músicas da Beyoncé para poder me soltar. Pensei nela o tempo todo".
À frente do terceiro carro do Salgueiro, que retrata a Lapa, Claudinha promete arrasar com uma fantasia que representa todos os tipos que freqüentam o lugar. É esperar pra ver o que a bela vai aprontar na Sapucaí.
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