Precipitações e paranóias à parte, mas é bom prestar atenção: foi a partir da Itália que se viabilizou o ataque criminoso ao sistema de computadores do governo brasileiro. Não há prova de que os hackers sejam italianos ou, sequer, que residam naquele país, mas começaram a atuar a partir do sistema lá instalado. Meio complicado para quem não penetra nos meandros da cibernética moderna, mas capaz de despertar nossa atenção. Estariam esses mini-bandidos atuando por conta própria, a título de aleatoriamente perturbar as comunicações brasileiras, ou recebem algum estímulo de setores indignados com a não extradição de Césare Batistti? Por mais incrível que pareça, vale investigar, porque coincidências são cada vez mais raras no planeta. Supõe-se que a ABIN e a Polícia Federal andem buscando as origens desse ataque tão bobo quanto pernicioso, porque invadiram os computadores e paralisaram por algum tempo as atividades eletrônicas do palácio do Planalto, da Petrobrás, da Receita Federal, do IBGE e sabe-se lá quantos outros departamentos do governo. Garante-se, por aqui, não terem os invasores tido acesso ao conteúdo das informações constantes dessa parafernália de senhas e comunicações, mas, mesmo assim, estamos sendo atingidos. Saber por que e por quem torna-se fundamental, senão para nossa sobrevivência, ao menos para nos prevenirmos contra novas investidas.
CORRENTES OPOSTAS.
Quinta-feira, um milhão e meio de evangélicos ocuparam a Zona Norte de São Paulo em manifestação raras vezes verificada na cidade. A Marcha para Jesus reuniu diversas igrejas pentecostais, num espetáculo digno de projetar-se para o futuro. Pela palavra dos organizadores, uma demonstração de fé. O problema é que não faltaram críticas à desenvoltura com que vem se comportando os homossexuais e até ao Supremo Tribunal Federal, que reconheceu sua união. Ao mesmo tempo, alguns dos mega-pastores referiram-se ao potencial eleitoral da multidão que pacificamente desfilou na Avenida Santos Dumont e adjacências. Ficou clara a indução para que a massa rejeite políticos partidários do movimento gay.
Amanhã, domingo, virá o contra-ataque. A Parada do Orgulho Gay prevista para a Avenida Paulista poderá reunir número igual de participantes. São duas forças opostas, democraticamente expondo seus sentimentos, mas é bom tomar cuidado.
A FALTA QUE FAZ BOB KENNEDY.
A história já foi contada mas nunca será demais repeti-la. Juscelino Kubitschek, depois de cassado, humilhado e perseguido, encontrava-se nos Estados Unidos, realizando uma série de conferências. Manifestou o desejo de encontrar-se com Robert Kennedy, então em campanha para a Casa Branca, que venceria facilmente não fosse a misteriosa mão de um assassino, identificado e preso, mas incapaz de denunciar seus mandantes. A agenda do candidato estava lotada e ele ofereceu a JK a possibilidade de conversarem durante um vôo de Nova York a Washington, para onde se dirigia. Assim aconteceu, e o ex-presidente brasileiro sempre lembrava a pergunta feita ao americano, sobre o que fazer com a Guerra do Vietnam. A resposta foi simples. Uma vez eleito e empossado, seu primeiro ato seria passar um telegrama às centenas de milhares de soldados atolados no Sudeste Asiático: “voltem todos, imediatamente”. Não foi possível, mas bem que Barack Obama poderia valer-se do exemplo. Porque acaba de anunciar o retorno aos Estados Unidos de 10 mil soldados em guerra no Afeganistão. Só que lá se encontram 100 mil, quer dizer, 90 mil permanecerão. Até quando?
CORRENTES OPOSTAS.
Quinta-feira, um milhão e meio de evangélicos ocuparam a Zona Norte de São Paulo em manifestação raras vezes verificada na cidade. A Marcha para Jesus reuniu diversas igrejas pentecostais, num espetáculo digno de projetar-se para o futuro. Pela palavra dos organizadores, uma demonstração de fé. O problema é que não faltaram críticas à desenvoltura com que vem se comportando os homossexuais e até ao Supremo Tribunal Federal, que reconheceu sua união. Ao mesmo tempo, alguns dos mega-pastores referiram-se ao potencial eleitoral da multidão que pacificamente desfilou na Avenida Santos Dumont e adjacências. Ficou clara a indução para que a massa rejeite políticos partidários do movimento gay.
Amanhã, domingo, virá o contra-ataque. A Parada do Orgulho Gay prevista para a Avenida Paulista poderá reunir número igual de participantes. São duas forças opostas, democraticamente expondo seus sentimentos, mas é bom tomar cuidado.
A FALTA QUE FAZ BOB KENNEDY.
A história já foi contada mas nunca será demais repeti-la. Juscelino Kubitschek, depois de cassado, humilhado e perseguido, encontrava-se nos Estados Unidos, realizando uma série de conferências. Manifestou o desejo de encontrar-se com Robert Kennedy, então em campanha para a Casa Branca, que venceria facilmente não fosse a misteriosa mão de um assassino, identificado e preso, mas incapaz de denunciar seus mandantes. A agenda do candidato estava lotada e ele ofereceu a JK a possibilidade de conversarem durante um vôo de Nova York a Washington, para onde se dirigia. Assim aconteceu, e o ex-presidente brasileiro sempre lembrava a pergunta feita ao americano, sobre o que fazer com a Guerra do Vietnam. A resposta foi simples. Uma vez eleito e empossado, seu primeiro ato seria passar um telegrama às centenas de milhares de soldados atolados no Sudeste Asiático: “voltem todos, imediatamente”. Não foi possível, mas bem que Barack Obama poderia valer-se do exemplo. Porque acaba de anunciar o retorno aos Estados Unidos de 10 mil soldados em guerra no Afeganistão. Só que lá se encontram 100 mil, quer dizer, 90 mil permanecerão. Até quando?
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