Ninguém sabe ao certo o que vai predominar em 2012: se a lenta recuperação norte-americana ou o mergulho sem fim do sistema econômico europeu. O certo é que a busca por chão firme fará do comércio internacional um espaço de disputa impiedoso. O mercado interno brasileiro é um dos mais cobiçados; o país que sobreviveu bem à primeira etapa da crise precisa se preparar para não morrer na praia. Sua indústria acumula um déficit comercial da ordem de U$S 80 bi nos últimos dois anos. E há quem se oponha a uma política ativa de fomento ao setor. Protecionismo, subsídios, câmbio e juros administrados foram utilizados durante séculos pela Inglaterra até erguer seu poderio no século XIX; as mesmas armas largamente acionadas pelos EUA, Japão, China e Coréia do Sul, cujos governos protestam na OMC quando os emergentes disparam igual arsenal. Ou, como diria o economista Ha-Joon Chang, 'chutam a escada' em que subiram. Faz parte. O pior são aliados internos que não hesitam em chutar a história para defender um laissez-faire que nunca teve o protagonismo que lhe atribuem na riqueza das nações (Carta Maior; Domingo; 08/01/ 2012)
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