A defesa do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), encaminhada ontem (25)
ao Conselho de Ética do Senado, rebate cinco pontos que foram a base da
representação feita contra o parlamentar pelo PSOL. Demóstenes confirma que
ganhou do bicheiro Carlinhos Cachoeira um fogão e uma geladeira, mas nega que os
presentes de casamento tenham alguma relação com os negócios do contraventor.
Também admite que recebeu um rádio Nextel do bicheiro, mas diz que não usou o
aparelho para falar exclusivamente com o empresário. Além disso, desmente que
tenha ficado com 30% dos lucros da exploração de jogos ilegais do esquema
comandado por Cachoeira. Neste ponto, a defesa anexa relatório da Polícia
Federal no qual agentes afirmam não haver indícios de sua participação no
esquema. A informação de que Demóstenes teria repassado dados privilegiados ao
bicheiro é desmentida. Para completar, a principal tese da defesa é a de que a
representação do PSOL deve ser arquivada por ter como fundamento notícias de
jornais. O advogado Carlos Augusto de Almeida Castro, o Kakay, reitera que os
áudios que comprometeriam Demóstenes foram feitos de forma ilegal e que houve
adulteração nas gravações.
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