Com justificável desalento diante do Código Florestal aprovado na Câmara, membros do Greenpeace classificaram o agronegócio brasileiro como o maior partido do país. O desabafo é compreensível quando 274 votantes, de um total de 458, sonegaram à sociedade salvaguardas ambientais minimamente contempladas na versão do projeto aprovada no Senado. Ser um grande partido, porém, requer justamente o oposto do que caracterizou o espetáculo de ganância obtusa propiciado pelo Legislativo federal. O que se viu ali foi a ação de um poder econômico que deixado à própria sorte transforma-se em força anti-social. Deve ser objeto do mesmo enquadramento estatal preconizado contra a desregulação financeira. O veto da Presidenta Dilma neste caso é um recurso legítimo da democracia contra a imposição de um grupo sobre toda a sociedade.
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