quinta-feira, 23 de setembro de 2010

GUERRA E PAZ

A melhor defesa é o ataque. Fiquei pensando nesta frase ontem, quando voltava para casa à noite. O que a velha mídia tem feito desde o início do processo eleitoral, é partir para o ataque. Seria a forma de se defender do bombardeio que tem sofrido. Nunca antes na história desse país a imprensa foi desmascarada com tanta competência e eficiência. Uma manchete não dura mais do que algumas horas e os jornais não conseguem mais "suitar" a reportagem no dia seguinte. Não dá tempo de repercutir as denúncias e informações "exclusivas" que eles veiculam. Sabe por quê? Porque um exército de formiguinhas disseca as informações, confronta dados, pesquisa o passado dos informantes e desmonta factóides, a maioria deles feitos de afogadilho, por repórteres que ainda não dominam a técnica jornalística, ou pior, são preguiçosos e incompetentes. Isso causa um desespero enorme nas chefias, porque não conseguem mobilizar recursos, nem para avançar, nem para se defender. Por isso, o bombardeio como estratégia de defesa. Ao veicularem uma notícia nova por dia, independentemente de ser falsa ou não, ganham tempo, intimidam o adversário, forçando-o a se defender. Até agora a velha mídia só conseguiu uma baixa expressiva: a ministra-chefe da casa civil, na semana passada. Mas as consequências foram inesperadas. O presidente da República e seus auxiliares diretos formaram a convicção de que agora é guerra! Nada ficará sem respostas e a ordem é partir para cima, sejam quais forem as consequências. Até a candidata situacionista se manifestou indignidada com a última manchete escandalosa do jornal Folha de S. Paulo. Conclusão, se os barões da mídia insistirem nessa guerra serão arruinados por cento e cinquenta milhões de brasileiros que agora se veem representados. Portanto, aconselho-os a encontrarem um interlocutor confiável rapidamente para começar o processo de paz na base do diálogo. Antes que seja tarde

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