Creio que a estratégia deles é repercurtir "escândalo" atrás de "escândalo" por meio do factóide da vez e interposições judiciais infundadas, cujo objetivo visa a desestabilização emocional da Dilma nos próximos debates televisivos. A bala de prata, neste caso, não viria apenas de um "fato novo" a ser reproduzido no JN, mas de uma combinação de eventos que poderia inclusive incluir uma belíssima edição do debate global. Já fimos esse filme, e creio que a mediocridade imperante pelos lados do jardim botânico não se preocupa sequer com o fato de ja haver sido desmascarada noutros tempos. É a farsa repetindo a tragédia, como diria Marx. Um deslize da Dilma no debate, um gaguejar na resposta a uma acusação direta, frontal, um gesto que possa ser associado a destempero será reproduzido em todo veículo "amigo" nos dias anteriores ao pleito para colar nela a imagem de "autoritária", "despreparada", "de pavio curto" etc. Não creio que o efeito disso seja suficiente para fazê-la perder a eleição, contudo, o passado está aí à porta para nos lembrar de que não se deve contar vitória antes do apito final; esse tipo de estratégia visa somente arrastar a eleição para o segundo turno, e conseguido isto a artilharia será mais pesada ainda. Esse pessoal já demonstrou do que é capaz em muitas oportunidades, convém não lhes deixar espaço para novos golpismos. A Dilma tem se portado de forma extraordinária, mas este é o momento que exige atenção redobrada.
Acredito que o PT não deve se intimidar em interpelar judicialmente o candidato "Zé" (alagão) Serra, uma vez que acusa diretamente como tem acusado, deve apresentar as provas de sua acusação, ao permitir que "Zé" trólóló dê o primeiro passo nesse sentido, perde o partido a oportunidade e rende munição ao adversário. A estratégia de deixá-los falando sozinhos funcionou bem durante os primeiros meses da disputa, não funciona mais. Com essa artilharia pesada, ficar quieto soa com alguem que admite culpa no cartório e depois fica difícil recuperar. Repito, o PT tem que reagir como partido e a Dilma tem que se preparar "como nunca antes", porque o que vem por aí vai ser pesado, e terá seu clímax no debate da vênus platinada.
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