sexta-feira, 11 de março de 2011

DEPOIS DO CARNAVAL, AS CINZAS

Já estamos   em plena quaresma, quando os mais velhos recordarão que, quando crianças, nossas  mães passavam cinza em nossas testas, quem sabe para livrar-nos de lobisomens, mulas sem cabeça e do próprio Capeta. 
Diante do governo, com ou sem a marca de cinzas, movimentam-se os primeiros  fantasmas. O maior parece  ser a sombra da inflação, que alguns ingênuos e outro tanto de malandros alertam  como forma de realizar reformas acopladas aos seus interesses.  Exemplos:  o corte de gastos públicos essenciais ao desenvolvimento e  a mudança nos postulados fiscais  para que “mais cidadãos  paguem impostos,  todos pagando  menos”.  Trata-se de um engodo das elites,  que pretendem contribuir com parcela menor de seus lucros, desde que as massas hoje isentas sejam submetidas a encargos tributários.
Haverá que esperar outros assombrações, porque a quaresma tem quarenta dias, mas seria bom a presidente Dilma tomar cuidado. Um pouquinho de cinza na testa pode ser providencial para  seu governo livrar-se das armadilhas dispostas em sua trajetória.

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