Já estamos em plena quaresma, quando os mais velhos recordarão que, quando crianças, nossas mães passavam cinza em nossas testas, quem sabe para livrar-nos de lobisomens, mulas sem cabeça e do próprio Capeta.
Diante do governo, com ou sem a marca de cinzas, movimentam-se os primeiros fantasmas. O maior parece ser a sombra da inflação, que alguns ingênuos e outro tanto de malandros alertam como forma de realizar reformas acopladas aos seus interesses. Exemplos: o corte de gastos públicos essenciais ao desenvolvimento e a mudança nos postulados fiscais para que “mais cidadãos paguem impostos, todos pagando menos”. Trata-se de um engodo das elites, que pretendem contribuir com parcela menor de seus lucros, desde que as massas hoje isentas sejam submetidas a encargos tributários.
Haverá que esperar outros assombrações, porque a quaresma tem quarenta dias, mas seria bom a presidente Dilma tomar cuidado. Um pouquinho de cinza na testa pode ser providencial para seu governo livrar-se das armadilhas dispostas em sua trajetória.
Nenhum comentário:
Postar um comentário