sexta-feira, 24 de junho de 2011

GOIS DE PAPEL

DEU NA COLUNA DO ANCELMO GOIS.
Dilma de Gaulle Rousseff.
O coleguinha Toninho Nascimento, editor de Esportes do GLOBO e parceiro da turma da coluna, devorou o mesmo livro que Dilma está lendo, "Charles de Gaulle", do americano Don Cook, e faz alguns alertas aos aliados da presidente.
“Deputados do PT e do PMDB, e de partidos aliados, tremei! Se a presidente Dilma Rousseff tentar pôr em prática algumas (só algumas) lições do livro que está lendo, a biografia de Charles de Gaulle, do americano Don Cook, esqueçam cargos, verbas do Orçamento etc... A primeira lição: desprezar os políticos. De Gaulle sempre escolhia seus colaboradores no governo pela fidelidade e nunca pela competência (algo em comum?).
O presidente que governou a França de 1958 a 1970, além de liderar os franceses contra Hitler de 1940 a 1945, tratava os subordinados com frieza e arrogante superioridade — Churchill enlouquecia com isso, e Roosevelt não queria nem vê-lo. E suas decisões eram sempre solitárias, sem ouvir a opinião de ninguém (outra semelhança?).
Mas De Gaulle tinha um refúgio ideal para isso: Colombeyles-Deux-Églises, casa de campo, onde só eram convidados a família e um seletíssimo grupo de colaboradores. Lá, em seu estúdio, morreu em novembro de 1970.
Como afirma Don Cook na página 284, De Gaulle tinha ‘extraordinária capacidade para preparar um tabuleiro de xadrez de acordo com sua peculiar visão da História e preparar suas jogadas de acordo com ela’. Mas na parte admi$era bem mais Lula do que Dilma. Só se importava com política externa e com o lugar da França no mundo — aproveitando a rivalidade da Guerra Fria entre EUA e a finada URSS. Não tinha a menor paciência para os problemas do dia a dia, principalmente (óbvio) os políticos.
Se a presidente foi boa aluna de geografia, deve ter ficado horrorizada com a referência de Cook (ou seria a tradução para o português?) à nossa vizinha Guiana como um país africano e com a informação de que a Guiné Bissau foi colonizada pela França e não por Portugal.
Mas é mais do que nunca hora de os fiéis correligionários de Dilma correrem aos sebos, pois o livro foi publicado no Brasil há quatro anos, em 2007. Boa leitura — e bons temores.”

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