quinta-feira, 23 de junho de 2011

SANTOS, CRESCE SANTOS

Por Marcelo Bechler.
Os meninos estão crescendo. Desde o início de 2010, os olhos do Brasil se voltaram para a cidade de Santos e, quem gosta de futebol, independentemente do clube que torce, sorriu em um momento ou outro com o que fizeram Neymar, Ganso, Robinho, Wesley e André no ano passado. Quase na mesma intensidade, todos se preocuparam com os excessos dos garotos.
O time de 2011 é diferente. A diretoria queria o DNA ofensivo, Muricy Ramalho trouxe o gene da vitória. O Santos passou a ser seguro, correr menos riscos e fazer menos gols. Empolgou menos, mas ganhou a Libertadores depois de 48 anos. A equipe desacreditada nas primeiras rodadas, encorpou. Mais que isso. Com Ganso machucado em parte da primeira fase, nas quartas e semifinais, Neymar colocou o time nas costas e se tornou cada vez mais maduro.
Enquanto todos defendiam pelo Santos, Neymar atacava por todos. A exceção do jogo em Montevidéu, o camisa 11 foi ótimo sempre. Se joga cada vez menos, joga cada vez mais. Ganso, que fez o gol da classificação contra o América do México, foi coadjuvante por não ter tido a sequência que o possibilitaria brilhar. Sequência que Danilo, imenso em toda a Libertadores, teve. Arouca se recuperou a tempo de fazer a jogada que desmontou o Peñarol. Rafael classificou a equipe contra no México e se tornou o goleiro brasileiro mais novo a vencer a Libertadores.
Há uma máxima no futebol que garotos ganham jogos e homens ganham títulos. Ela é dispensável. Os meninos estão crescendo. O Brasil precisa de Neymar e Ganso prontos e maduros em 2014, na Copa do Mundo de maior pressão para qualquer brasileiro. Eles subiram no topo da América. Que não parem de crescer, para ganhar o planeta.

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