terça-feira, 21 de junho de 2011

O combate à miséria não deve se pautar - somente - nos discursos de benevolência, caridade, espírito solidário. Tudo isso também é louvável e necessário, partindo dos princípios cristãos pautados não necessariamente na religião, mas em sua base humanitária e de justiça social.
É e deve ser afirmada a responsabilidade do Estado no sentido de garantir os acessos aos mínimos existenciais para que cada sujeito possa ser considerado sujeito e cidadão, no sentido pleno, com todos os acessos integrados, visto a importância da indissociabilidade dos grupos de direitos. Como palavras recorrentes do ex-ministro de desenvolvimento social Patrus Ananias, não dá pra pensar em desenvolvimento sem a garantia básica de alimentação.
Será implementado em âmbito nacional o SUAS - Sistema Único de Assistência Social - "que organiza, de forma descentralizada, os serviços socioassistenciais no Brasil", classificando dois níveis diferentes de Assistência Social e contando com uma maior integração entre todas as esferas de poder, para melhoria e ampliação dos serviços de seguridade.
Em sintonia, o Plano Brasil Sem Miséria pretende promover o acesso à educação, saúde, saneamento, moradia e alimentação à população pobre.
Sem dúvida são avanços muito importantes no sentido de assistir aos tantos "esquecidos" do país, público para o qual, inegavelmente, foram pensadas políticas públicas a partir da gestão Lula. Desde então a qualidade de vida de grande parte dessassistida da população deu um salto qualitativo, mas, tão clichê, é preciso avançar ainda mais, cobrando do Estado a efetividade destes planos de ações e claro, professor, propagando ações que, se não servirem de incentivo aos espíritos menos solidários, ao menos servirão para aquietar minimamente nosso próprio espírito de indignação diante deste tipo de injustiça social.

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