sexta-feira, 10 de junho de 2011

O FATO DA SEMANA

Peru frustra a  direita  e CRISTINA PODE LEVAR EM 1º TURNO, Cristina Kirchner tem votos suficientes para vencer as eleições presidenciais de 23 de outubro na Argentina já no primeiro turno. De acordo com pesquisas recentes, Cristina tem  44% das intenções de voto, 25 pontos à frente do candidato da União Cívica Radical (UCR) Ricardo Alfonsín, com 19%. O ex-presidente Eduardo Duhalde tem 10%. A legislação argentina prevê  vitória no primeiro turno a partir de 40% das  preferência e pelo menos dez pontos percentuais de vantagem sobre o segundo colocado. Apesar do cerco midiático contra a Casa Rosada, a oposição  perde audiência a cada dia. Melhoras reais na oferta de emprego e no poder aquisitivo da população explicam a alta popularidade do governo. O prefeito de Buenos Aires, Mauricio Macri, uma espécie de José Serra portenho, que era visto como o grande concorrente à direita, ficou isolado e desistiu da disputa ao fracassar na busca de alianças. Em 2012 a América Latina terá outras duas eleições importantes: em julho, será a vez  México, onde a rejeição a Felipe Calderón é de 49,5%. O presidente mexicano perde apoio desde agosto do ano passado, quando desfrutava índices de popularidade de 55,2%. Dois em cada três mexicanos  acham que o governo está "perdendo o controle" da situação para ao tráfico e a violência. A centro esquerda  volta a ter chances com  Lópes Obrador.  Em dezembro de 2011, será a vez da Venezuela  numa eleição difícil para Chávez, mas sem favoritismo para a direita. Com a vitória de Humala no Peru, a proclamada 'onda azul'  sonhada pela direita latinoamericana, após a vitória do neopinochetismo de Sebastán  Pinera, no Chile, foi abortada. Igualmente improvável torna-se a ampliação de um colar neoliberal no Pacífico (a partir do tripé conservador formado por Chile, Colômbia e México), capaz de estrangular a hegemonia progressista da Unasul sob a âncora brasileira. A derrota de Keiko Fujimori, a provável vitória de Cristina e as dificuldades enfrentadas por Calderón sugerem uma dinâmica oposta. (Carta Maior; 6º feira, 10/06/ 2011)

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