domingo, 22 de abril de 2012

STF: OS JUÍZES E O JUÍZO DA HISTÓRIA

Quando os políticos falam como  juízes a democracia se eclipsa; quando os juízes falam pelos políticos, ela se desmoraliza. Nos dois casos o Judiciário deixa de ser o que promete. A crueza desse mal-estar  tem predominado no discernimento da sociedade brasileira após as  turbulentas magistraturas de Gilmar Mendes e  Cezar Peluso no STF. Do primeiro, basta a deprimente lembrança do duplo, instantâneo e subserviente habeas-corpus concedido ao banqueiro Daniel Dantas. Do segundo, remeta-se ao destampatório  excretado em entrevista que selou o inexcedível testamento de pequenez e  despreparo  na despedida de sua presidência. O saldo herdado pelo ministro Ayres Brito, o novo presidente do Supremo, não poderia ser mais delicado.  Cabe-lhe, em primeiro lugar, desautorizar a captura do STF por interesses e agendas que desfrutavam ali do abrigo para exercer uma hegemonia que a urna e a história  lhes tem negado.  A pressão midiática para o STF apressar o julgamento do chamado  mensalão condensa esse estado de coisa. O calendário da pressa denuncia a sofreguidão política e eleitoral para fazer desse evento um aliado oposicionista no pleito municipal de outubro deste ano. (LEIA MAIS AQUI(Carta Maior; Domingo 22/04/2.012)

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