segunda-feira, 26 de abril de 2010

BLOGUEIRO

Em fúnebre e sombria prateleira de um sebo este inocente e imberbe poeta mancebo encontrou ordenado em pleno e quieto aconchego lindas poesias no mais completo desterro.
Ficou triste a meditar, refletir, pensar: se todo o prazer de experiências deixar é arte inútil que rápido vá repousar em cemitério vulgar, sem se ler ou lembrar.
Nada satisfaz ao ingênuo e vaidoso autor, supõe-se no palco da vida, diretor, não mais se contenta como simples ator, quer fazer caco, conduzir, ser insigne pensador.
De tantas que se fez e mais que se fará, se um só leitor qualquer delas recordar e um dia em seu destino a recitar e usar, só desse jeito é que a realização virá.

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