segunda-feira, 26 de abril de 2010

EU VOU, E TU.

Cercado por controvérsias jurídicas entre o Ministério Público (federal e estadual) e o governo do Amazonas, o maior projeto de transporte coletivo a ser executado para a Copa 2014 em Manaus não deve ser alterado enquanto a Justiça Federal não decidir sobre seu futuro. O projeto de construção do monotrilho foi apresentado pelo governo em dezembro de 2009 com um traçado que ligará as extremidades leste e centro-sul da capital amazonense, incluindo aí a passagem pelo Centro Histórico de Manaus, área que inclui a região do porto da cidade.
Apontando falhas no processo licitatório e inconsistência no estudo de impactos ambientais da obra, procuradores federais e estaduais recomendaram ao governo estadual a suspensão da licitação e a alteração do traçado. O governo, porém, através da Secretaria de Estado e Planejamento e Desenvolvimento (Seplan), anunciou que o processo de licitação continua aberto e que nada será alterado a não ser o prazo. As empresas terão até 12 de maio para se inscreverem na concorrência do monotrilho.
As negociação com o Ministério Público Estadual têm sido muito produtivas. Estamos confiante de que as divergências serão equacionadas entre as partes e que o processo de licitação seguirá o andamento normal”, diz Marcelo Lima, secretário de Planejamento do Amazonas e gestor dos projetos do Mundial na cidade.
Com orçamento de R$ 1,3 bilhão, o monotrilho é a maior obra da cidade visando à Copa 2014. Em seguida vem o novo estádio, a Arena Amazônia, que custará R$ 500 milhões e será construída pela Andrade Gutierrez.
O projeto sobre trilhos é considerado fundamental pelo governo amazonense para desafogar o trânsito de Manaus e aumentar a oferta de transporte coletivo. De acordo com Lima, a expectativa é de que a obra termine em 2013, antes da Copa das Confederações – torneio da Fifa que testa a infraestrutura das cidades para o Mundial.
Trânsito mais rápido.
Estação do monotrilho, obra de mobilidade urbana para a Copa 2014.
O monotrilho tem capacidade diária para transportar 201.800 passageiros. Sua extensão será de 20 km, integrando os terminais já existentes da zona Leste e no Centro da cidade. Os vagões passarão por nove ruas da cidade entre os bairros da Cidade Nova (zona norte), São José (zona leste) e Centro Histórico de Manaus (zona sul). Esse percurso deverá ser feito com uma hora a menos do que é realizado hoje pelos ônibus convencionais, que levam quase duas horas para chegarem ao centro da cidade a partir da zona leste.
POR; Jackeline Farah

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